- Back to Home »
- Harry Potter e as Relíquias da Morte »
- Guerreiro caído
Posted by :
Unknown
junho 04, 2014
Capítulo 5
— Hagrid? Hagrid, fale comigo. — Mas a grande massa não se mexeu.
— Quem está ai? É Potter? Você é Harry Potter?
Harry não conseguiu distinguir a voz do homem. Então uma mulher gritou.
— Eles bateram, Ted! Bateram no jardim!
A cabeça de Harry estava girando. “Hagrid” ele repetiu estupidamente, e seu joelhos cederam.
A próxima coisa que ele soube foi de estar recostando em coisas como almofadas, com a terrível sensação de queima em suas costelas e seu braço direito. Seu dente perdido havia crescido. A cicatriz em sua testa ainda latejava.
— Hagrid?
Ele abriu seus olhos e viu que estava deitado em um sofá não familiar em uma simples sala de estar. Sua mochila estava no chão um pouco distante, úmida e lamacenta. Um homem com cabelo justo e um grande inchaço no rosto estava olhando para Harry ansiosamente.
— Hagrid está bem, filho — disse o homem — A mulher está cuidando dele. Como você se sente? Tem algo mais quebrado? Eu curei suas costelas, seu dente e braço, por falar nisso, Ted Tonks – Pai da Ninfadora.
Harry levantou-se rapidamente: algo estralou, ele se sentiu enfermo e tonto.
— Voldemort...
— Não se preocupe agora. — disse o homem pondo a mão no ombro de Harry e o empurrando de volta para as almofadas. — Aquilo foi uma batida cruel! De qualquer forma, o que aconteceu? Deu algo errado com a moto? Arthur Weasley de novo, ele e aquela adoração por trouxas dele?
— Não. — disse Harry com a cicatriz pulsando como um ferimento aberto. — Os Comensais da Morte nos encontraram. Nós fomos perseguidos.
— Comensais da Morte? — Disse Ted bruscamente. — Do que você está falando? Comensais da morte? Eu pensei que eles não soubessem que você seria transportado hoje.
— Eles sabiam. — disse Harry.
Ted Tonks olhou para o teto como se pudesse ver através dele o céu que estava acima.
— Bem, nós sabemos que nosso encanto protetor nos segura, não é? Eles não serão capazes de chegar aqui e nos atingir, então estamos seguros.
Agora Harry entendia porque Voldemort havia desaparecido: tinha sido o ponto em que a motocicleta cruzou a barreira do encanto da Ordem. Ele apenas esperava que eles continuariam a trabalhar: Ele imaginou Voldemort, alguns metros à sua frente como eles disseram, procurando uma maneira de penetrar no que Harry via como uma grande bolha.
Ele balançou suas pernas para fora do sofá; precisava ver Hagrid com seus próprios olhos antes que pudesse acreditar que ele estava vivo. Ele mal tinha se levantado, contudo, quando uma porta se abriu e Hagrid deslizou por ela, sua cara coberta com lama e sangue, um pouco fraco, mas milagrosamente vivo.
— Harry! — Derrubando duas mesas delicadas, ele atravessou a sala em dois passos, e deu em Harry um abraço que quase partiu suas recém-emendadas costelas. — Nossa, Harry, como nós conseguimos sair dessa? Eu pensei, por um momento, que nós dois iríamos...
— É, estou tão surpreso quanto você, nem acredito que saímos dessa. — disse Harry com a voz embargada pelo abraço de Hagrid. Harry interrompeu o abraço. Observava a mulher que entrara no quarto logo após Hagrid.
— Você! — ele gritou, e sua mão voou automaticamente para seu bolso, em busca da varinha, mas ele estava vazio.
— Sua varinha está comigo, filho. — Disse Ted, dando um tapinha no braço de Harry.— Ela caiu logo ao seu lado, eu a peguei. E essa com a qual você estava gritando é minha esposa.
— Oh, m-me desculpe.
Ao entrar na sala, a semelhança da Sra. Tonks com sua irmã Belatriz ficou muito menos acentuada: Seu cabelo era de um castanho claro, e seus olhos eram largos e amáveis. De qualquer maneira, ela olhou de forma tão simpática para a exclamação de Harry, que não poderia ser Belatriz.
— O que aconteceu à nossa filha? — Ela quis saber. — Hagrid disse que vocês foram cercados. Onde está Ninfadora?
— Eu não sei, — disse Harry. Nós não sabemos o que houve a nenhum dos outros.
Ela e Ted trocaram olhares. Uma mistura de medo e culpa agarrou Harry ao ver suas expressões. Se qualquer um deles morrer, era sua culpa, tudo sua culpa. Ele havia consentido com o plano, dando a eles seu cabelo...
— A Chave de Portal — ele disse, lembrando-se de tudo repentinamente. — Nós temos que ir para A Toca e descobrir – então seremos capazes de nos comunicar com Tonks, uma vez que ela...
— Dora estará bem, Andrômeda, — disse Ted. — Ela sabe se cuidar, ela vêm andado com os Aurores todo esse tempo. A Chave de Portal é por aqui, — disse ele se dirigindo a para Harry.
— A Chave está programada para funcionar daqui a três minutos, se vocês quiserem ir...
— Sim, nós queremos, — disse Harry. Ele agarrou sua mochila, jogando-a sobre os ombros.
— Eu... — Ele olhou para a Sra. Tonks, desejando se desculpar por deixá-la amedrontada e dizer que ele se sentia responsável, mas não lhe ocorreram palavras para tanto.
— Eu direi a Tonks – Dora – para comunicar-se com vocês, quando nos encontrarmos. Obrigado por nos abrigar, obrigado por tudo. Eu... — Ele estava satisfeito por deixar a sala e seguiu Ted Tonks por um pequeno corredor até um quarto. Hagrid veio após eles, se abaixando para evitar bater a cabeça no topo da porta.
— Aqui estamos, filho. Aqui está a Chave de Portal. — Sr. Tonks estava apontando para uma pequena e prateada escova de cabelo na mesinha.
— Obrigado. — disse Harry, estendendo a mão para a escova o seu dedo, pronto para ir.
— Espere um instante. — disse Hagrid, olhando a sua volta. — Harry, cadê a Edwiges?
— Ela... Ela foi atingida. — disse Harry,
Foi então que lhe caiu a ficha: Ele se envergonhou de si mesmo quando as lágrimas escorreram de seus olhos. A coruja havia sido sua companhia, sua grande conexão com o mundo mágico até mesmo quando ele era obrigado a voltar para a casa dos tios.
Hagrid estendeu a grande mão e deu tapinhas dolorosos em seu obro. — Não importa, — ele disse grosseiramente. — Não importa. Ela já tinha vivido muito...
— Hagrid! — alertou Ted Tonks, quando a escova brilhou em um azul reluzente e Hagrid só pusera o dedo na última hora.
Harry sentiu um enorme puxão para trás, na altura do umbigo, como se um gancho invisível estivesse levando-o, ele foi puxado para o nada, girando desconfortavelmente, seu dedo colado à Chave enquanto ele e Hagrid giravam para longe do Sr. Tonks. Logo depois Harry sentiu o impacto do chão, e suas mãos apalparam o gramado d’A Toca. Ele ouviu barulhos. Imaginou ser o vento farfalhando as árvores e os arbustos. Levantando a cabeça ele viu a Sra. Weasley e Gina correndo em sua direção. Ao seu lado, Hagrid se levantou.
— Harry? Você é o verdadeiro Harry? O que houve? Onde estão ou outros? — perguntou a Sra. Weasley apreensiva.
— Como assim? Ninguém mais esta de volta? — Harry desesperou-se.
A resposta à pergunta de Harry estava clara pela expressão pálida do rosto da Sra. Weasley.
— Os Comensais da Morte estavam nos esperando — Harry contou-lhe. — Nós fomos abordados no momento em que nos separamos – eles sabiam que seria esta noite – Eu não sei o que aconteceu a nenhum dos outros, quatro deles correram atrás de nós, foi tudo o que podemos fazer para fugir, e então Voldemort apareceu.
Ele podia perceber o tom de justificativa em sua voz, o necessário para que ela entendesse o porquê de ele não saber o que acontecera a seus filhos, mas...
— Graças a Deus você está bem. — ela disse, puxando-o para um abraço que ele não achou que merecia.
— Você não tem conhaque, Molly? —perguntou Hagrid um pouco agitado. — Para fins medicinais?
Ela podia tê-lo feito através de magia, mas quando se retirou para o interior da casa torta, Harry sabia que ela desejava esconder seu rosto. Ele se voltou para Gina, e ela respondeu ao seu pedido de informações silencioso.
— Rony e Tonks deveriam ter voltado primeiro, mas eles perderam sua Chave de Portal, ela voltou sem eles, — ela disse, apontando uma enferrujada lata de óleo que repousava sobre o chão ali perto. — E aquele ali, — ela apontou para um tênis velho, — devia vir junto com papai e Fred, eles deviam ser os segundos. Você e Hagrid eram os terceiros e, — ela checou o relógio, — se eles tiverem conseguido, Jorge e Lupin estarão de volta em um minuto.
Sra. Weasley reapareceu carregando uma garrafa de conhaque, o qual ela entregou a Hagrid. Ele o abriu e o tomou imediatamente.
— Mãe! — gritou Gina, apontando para um local a uma pequena distância.
Uma luz azul apareceu no meio da escuridão. Ela cresceu rapidamente e de repente Lupin e Jorge apareceram, girando e então caindo. Harry soube imediatamente que algo estava errado: Lupin estava carregando Jorge, que permanecia inconsciente e tinha a cara coberta de sangue.
Harry correu para frente e agarrou as pernas de Jorge. Juntos, ele e Lupin carregaram Jorge para dentro da casa e através da cozinha até a sala, onde o colocaram sobre o sofá. A lâmpada caiu em cima de Jorge, Gina prendeu a respiração e o estômago de Harry embrulhou. Faltava uma orelha de Jorge. Aquele lado da cabeça e pescoço estavam banhados de um sangue escarlate.
Não antes da Sra. Weasley estar agarrada ao filho, Lupin pegou Harry pelo braço e o arrastou, sem muita gentileza, de volta para a cozinha, onde Hagrid ainda tentava facilitar o acesso a porta de trás.
— Oi! — disse Hagrid indignado. — Solte ele! Solte o Harry!
Lupin o ignorou.
— Qual criatura estava no canto de minha sala quando Harry Potter a visitou pela primeira vez em Hogwarts? — ele disse, dando-lhe umas sacudidas. Responda-me!
— U-um Grindylow no tanque, não era?
Lupin soltou Harry e caiu contra um armário na cozinha.
— O que você queria com isso? — berrou Hagrid.
— Me desculpe, Harry, mas eu tinha que conferir. — disse Lupin alarmado. — Precisamos ter cuidado. Voldemort sabia que você seria transportado hoje e as únicas pessoas que poderiam ter contado estavam diretamente ligadas ao plano. Você podia ser um impostor.
— Então por que você não conferiu se eu era eu mesmo? — perguntou Hagrid, esforçando-se para manter a voz impassível.
— Porque você é meio-gigante. — Disse Lupin, olhando diretamente nos olhos de Hagrid. — A Poção Polissuco não faria efeito em você, pois só funciona em humanos.
— Ninguém da Ordem diria a Voldemort que eu estaria sendo transportado esta noite. — disse Harry. A idéia de que alguém da Ordem fosse traidor era desprezível para ele, ele não acreditaria se soubesse que alguém da Ordem era um Comensal da Morte. — Voldemort só sabia que era realmente eu, porque ele sabia que eu estaria com o Hagrid.
— Voldemort alcançou vocês? — disse Lupin aterrorizado. — O que houve? Como você escapou?
Harry explicou rapidamente como os Comensais da Morte o reconheceram como verdadeiro Harry, como eles abandonaram a perseguição, e depois voltaram com Voldemort, que apareceu pouco antes de ele e Hagrid chegarem a casa dos pais de Tonks.
— Eles reconheceram você? Mas como? O que você fez?
— Eu... — Harry tentou lembrar. Toda a jornada pareceu um borrão de pânico e confusão. — Eu vi Lalau Shunpike... você sabe, o cara que era o condutor do Nôitibus? E eu tentei desarmá-lo ao invés de... Bem, ele não sabia o que ele estava fazendo, sabia? Ele devia estar sobre efeito da Maldição Imperius!
Lupin parecia pasmo.
— Harry, a hora de desarmar passou! Essas pessoas estão tentando te capturar e te matar! Ao menos faça-os ficarem inconscientes se não esta preparado para matar!
— Nós estávamos centenas de pés no ar! Lalau não era ele mesmo, e caso eu o tivesse feito ficar inconsciente ele teria caído, e teria morrido da mesma maneira que se eu tivesse usado Avada Kedavra! Expelliarmus salvou-me de Voldemort dois anos atrás. — Harry adicionou desafiador, Lupin o estava lembrando o aluno da Lufa-Lufa Zacarias Smith, o qual estava rindo de Harry por este querer ensinar a AD como desarmar.
— Sim, Harry. — disse Lupin com compostura, — e um grande número de Comensais da Morte testemunharam aquilo acontecendo! Perdoe-me, mas é uma coisa muito pouco usual, sobre o caso de morte iminente. Repetir isso hoje na frente dos Comensais os quais já haviam testemunhado ou ouvido falar sobre a primeira ocasião foi quase suicídio!
— Então você acha que eu deveria ter matado Lalau Shunpike? — Disse Harry nervoso.
— Mas é claro que não, — disse Lupin, — mas os Comensais da Morte – ou melhor, a maioria das pessoas! – esperariam que você atacasse de volta! Expelliarmus é uma magia muito útil, Harry, porém os Comensais parecem ter em mente que esta é sua marca registrada, e eu o alertaria para não deixar que isso aconteça.
Lupin estava fazendo com que Harry se sentisse idiota, e ainda havia um grão de desafio dentro dele. — Eu não vou acabar com pessoas só porque elas ficam no meu caminho. — Disse Harry. — Esse é o trabalho de Voldemort.
Lupin pareceu perdido por um momento. Finalmente, tomou-se por satisfeito e se espremeu para passar pela porta entreaberta. Hagrid pegou uma cadeira, desajeitado, e sentou-se fitando Harry atenciosamente. Não dando atenção à Hagrid, Harry decidiu colocar Lupin novamente na conversa.
— Jorge ficará bem? — Todas as frustrações e preocupações de Lupin em relação à Harry pareceram se esvair com a pergunta do garoto.
— Imagino que sim, mas não há como restaurar sua orelha uma vez que foi arrancada por magia...
Houve barulho lá fora. Lupin saiu pela porta, Harry pulou as pernas de Hagrid e saiu para o jardim.
Duas figuras haviam aparecido lá, e conforme Harry correu em direção a elas ele percebeu que eram Hermione, agora voltando a sua aparência normal, e Kingsley ambos curvados como cabides. Hermione jogou-se nos braços de Harry, mas Kingsley não mostrou prazer nenhum ao vê-los. Por cima do ombro de Hermione, Harry o viu levantar sua varinha e apontar diretamente para o peito de Lupin.
— As últimas palavras que Alvo Dumbledore falou para nós dois?
— ‘Harry é a maior esperança que nós temos. Confiem nele.’ — disse Lupin calmamente.
Kingsley apontou sua varinha rapidamente para Harry, fazendo o garoto se sobressaltar. Lupin interrompeu. — É ele, eu já conferi!
— Certo, certo. — disse Kingsley enquanto guardava sua varinha no bolso interno de suas vestes. — Mas alguém nos traiu! Eles sabiam, eles sabiam que seria essa noite!
— É o que parece, — replicou Lupin. — Mas aparentemente eles não sabiam sobre os sete Harrys...
— Isso não é grande consolo.— retrucou Kingsley. — Quem mais voltou?
— Somente Harry, Hagrid, Jorge e eu.
Hermione tinha um pequeno arranhão nas costas de sua mão.
— O que houve com vocês? — perguntou Lupin se dirigindo à Kingsley.
— Fomos seguidos por cinco, consegui ferir dois deles, e tive de matar um outro, — respondeu Kingsley, — e nós vimos Você-Sabe-Quem também, nós o perseguimos, mas ele conseguiu escapar rapidamente. Remo, ele é capaz de...
— Voar. — completou Harry. — Eu o vi também, ele veio atrás de mim e Hagrid.
— Então foi por isso que ele fugiu, pra te seguir! — exclamou Kingsley. — Eu não consegui entender porque ele fugiu. O que o fez mudar de direção?
— Harry se comportou um tanto bondosamente com Lalau Shunpike. — disse Lupin.
— Lalau? — repetiu Hermione confusa. — Pensei que ele estivesse preso em Azkaban, não?
Kingsley soltou uma risada sombria.
— Hermione, é óbvio que houve uma grande fuga de Azkaban, mas o Ministério abafou.. O capuz de Traver caiu quando amaldiçoei ele, ele parece estar envolvido também. Mas o que houve com você, Remo? Onde está o Jorge?
— Ele perdeu uma orelha. — respondeu Lupin.
— Perdeu uma...? — disse Hermione com a voz embargada.
— Obra do Snape. — disse Lupin.
— Snape? — engasgou—se Harry. —Não pode ser...
— Ele perdeu sua capa, durante a perseguição. Sectumsempra foi sempre uma especialidade do Snape. Queria poder dizer que revidei à altura, mas todos meus esforços voltaram para manter Jorge na vassoura depois que ele foi machucado, ele estava perdendo muito sangue.
Todos ficaram em um silêncio mútuo, contemplando o céu azul-marinho. Não havia nenhum movimento, não havia estrelas reluzentes, e a lua nova se escondia por trás de uma nuvem particularmente grande. Onde estaria Rony? Onde estaria Fred e o Sr. Weasley? Onde estavam Gui e Fleur? Mundungo, Olho-Tonto e Tonks? Estariam todos bem?
— Harry, uma ajuda aqui! — Chamou Hagrid da porta onde ele acabou entalando de novo.
Feliz por fazer algo, Harry largou Hermione, e foi em direção à cozinha e de volta m à sala de estar onde a Sra. Weasley e Gina ainda continuavam olhando Jorge. A Sra. Weasley estava limpando o sangue, e pela lâmpada Harry pode ver um buraco onde deveria estar a orelha de Jorge.
— Como ele está?
A Sra. Weasley olhou em volta e disse — Não posso fazê-la crescer. Não quando foi removida por Magia Negra... Mas podia ser pior... ele está vivo.
— É ... — Disse Harry. — Graças a Deus.
— Escutei mais alguém no jardim? — Perguntou Gina.
— Hermione e Kingsley.
— Que bom. — Gina murmurou. Eles trocaram olhares, Harry quis abraçá-la, ele nem se importava que a Sra. Weasley estivesse ali, mas antes que ele seguisse impulso houve um grande ‘crack’ na cozinha.
— Eu provarei que sou verdadeiro, Kingsley, depois de ver meu filho, agora saia da minha frente se você souber o que é realmente bom pra você!
Harry nunca escutou o Sr. Weasley falar daquele jeito. Ele entrou na sala de estar, sua cabeça quase careca misturando-se com suor. Fred estava logo atrás dele, ambos pálidos, mas sem machucados.
— Arthur! — exclamou a Sra. Weasley. — Graças a Deus.
— Como ele está?
O Sr. Weasley ficou de joelhos ao lado de Jorge. Pela primeira vez desde que conhecera Fred, o ruivo parecia sem palavras. Ele assustou-se atrás do sofá olhando o estado do gêmeo, como se não quisesse acreditar no que estava vendo. Talvez pelo som da chegada de Fred e Sr. Weasley. Jorge soltou um muxoxo.
— Jorge, como se sente? — Murmurou Sra. Weasley.
Os dedos de Jorge pararam num lado da cabeça. — Como um anjo.
— Qual o problema dele? — Perguntou Fred parecendo horrorizado. — Perdeu o juízo? O cérebro foi afetado?
— Um anjo. — Repetiu Jorge abrindo os olhos e olhando para seu irmão. — Veja bem, sou ‘sangrado’. Santo, Fred. Entendeu?
A Sra. Weasley soluçou mais do que nunca. A cor pareceu voltar ao rosto pálido de Fred.
— Patético — ele disse para Jorge. — Patético! Com o mundo todo preocupado com a maldita orelha, você diz ‘sangrado’?
— Ah bem — disse Jorge limpando a lagrima da mãe. — Você agora vai poder nos diferenciar mãe.
Ele olhou em volta.
— Oi Harry. Você é Harry, certo?
— Sim, sou. — respondeu Harry chegando perto do sofá.
— Bem, pelo menos nós conseguimos trazer você a salvo. — Disse Jorge. – Por que Rony e Gui não estão em volta da minha cama?
— Eles ainda não voltaram, Jorge. — Respondeu a Sra. Weasley. Harry olhou para Gina e mencionou para ela o seguir até lá fora. Enquanto caminhava pela cozinha ela falou em voz baixa.
— Rony e Tonks devem voltar daqui a pouco. Eles não tiveram uma viagem longa, Tia Muriel não é muito longe daqui.
Harry não disse nada. Ele vinha tentando afastar seu medo desde que chegou à Toca, mas agora parecia completamente dominado por ele, dentro da sua pele, incomodando a garganta e machucando o peito. Enquanto caminhavam pelo jardim, Gina pegou sua mão.
Kingsley caminhava de um lado para o outro, olhando para o céu toda vez que se virava. Harry lembrou-se do Tio Válter passando pela sala de estar há milhões de anos atrás. Hagrid, Hermione e Lupin estavam em pé ombro a ombro, observando em silêncio. Ninguém olhou em volta quando Harry e Gina se juntaram ao silêncio dos três.
Os minutos passaram como se fossem anos. A brisa mais delicada os fez sobressaltarem e virarem em direção ao vento ou a alguma árvore com a esperança de que algum membro da Ordem pudessem aparecer entre as folhas. E então uma vassoura se materializou diretamente sobre eles e foram em direção ao chão.
— São eles! — Gritou Hermione.
Tonks aterrissou no chão, jogando terra pra todos os lados.
— Remo! — Gritou ela, enquanto largava a vassoura e se jogava nos braços de Lupin. O rosto de Lupin estava branco. Parecia ser incapaz de falar. Rony caminhava em direção a Harry e Hermione.
— Você está bem. — Ele disse, antes de Hermione abraçá-lo com força.
— Pensei que... pensei que...
— Estou bem. — Disse Rony dando um tapinha de leve nas costas de Hermione. — Estou ótimo.
— Rony foi muito bem. — Disse Tonks amável ainda abraçada em Lupin. — Uma maravilha. Acertou um comensal bem na cabeça e quando você está diretamente sob ataque em cima de uma vassoura...
— Mesmo? — Perguntou Hermione mirando Rony, ainda com seus braços em volta do pescoço do ruivo.
— Sempre o tom de surpresa — ele disse irritado, se soltando do abraço – Somos os últimos a voltar?
— Não. — disse Gina. — Gui e Fleur, Olho Tonto e Mundungo ainda não voltaram. Eu vou avisar o papai e a mamãe que você está bem, Rony...
Ela correu para dentro da casa.
— O que aconteceu? — perguntou Lupin parecendo irritado com Tonks.
— Belatriz — disse Tonks. — Ela me queria tanto quanto quer Harry. Ela tentou me matar. Eu apenas desejei tê-la... Mas nós definitivamente ferimos Rodolfo. Então nós fomos para a casa da tia de Rony, Muriel, e como perdemos nossa chave de Portal ela nos emprestou uma.
Um músculo saltou na face de Lupin. Ele notou, mas estava incapaz de dizer qualquer coisa.
— Então, o que aconteceu com você? — perguntou Tonks, virando-se para Harry, Hermione, e Kingsley.
Eles recontaram suas estórias, mas continuaram com a sensação de preocupação com Gui, Fleur, Olho-Tonto, e Mundungo.
— Eu vou voltar até Downing Street, eu deveria estar lá há uma hora. — disse finalmente Kingsley, após dar uma olhada para o céu. — Me avisem quando eles voltarem.
Lupin concordou. Com um aceno para os outros, Kingsley saiu pelo portão. Harry pensou ter ouvido o ‘pop’ quando Kingsley desaparatou além das fronteiras d’A Toca..
O Sr. e a Sra. Weasley vieram correndo, com Gina logo atrás. Todos abraçaram Rony antes de se virarem para Lupin e Tonks.
— Obrigado. — Disse o Sr. Weasley. — Por nossos filhos.
— Não seja boba, Molly. — Disse Tonks.
— Como está Jorge? — Perguntou Lupin.
— O que há de errado com ele? — Perguntou Rony.
— Ele perdeu —
Mas a frase da Sra. Weasley foi interrompida por um estalo. Um Testrálio acabara de pousar há alguns metros dali. Gui e Fleur desceram, cansados, mas sem ferimentos.
— Gui! Graças a Deus, Graças a Deus!
A Sra. Weasley correu para lhe dar um abraço. Olhando direto para seu pai, Gui disse:
— Olho-Tonto está morto.
Ninguém falou nada. Ninguém se moveu. Harry sentiu que alguma coisa atrás estava caindo, caindo através da terra, o deixando para sempre.
— Nós o vimos. — disse Gui, Fleur assentiu, com o reflexo das luzes da cozinha iluminando seu rosto marcado por lágrimas. Aconteceu depois que nós quebramos o círculo, Olho-Tonto e Dungo estavam perto da gente, eles estavam indo para a direção norte também. Dungo apavorou-se. Eu o ouvi chorando, Olho-Tonto tentou Pará-lo, mas ele desapareceu. Não havia nada que pudéssemos fazer. Nós estávamos em meia dúzia... — A voz de Gui falhou.
— Claro que vocês não podiam ter feito nada — disse Lupin.
Eles se levantaram olhando um ao outro. Harry não conseguia compreender... Olho-Tonto morto; não podia ser... Olho-Tonto, tão resistente, tão bravo, tinha sobrevivido...
Por último teve a impressão de todos compreenderam, embora ninguém dissesse isso, não havia mais o que esperar. Em silêncio, eles seguiram Sr. e Sra. Weasley para dentro da Toca, e para a sala de estar, onde Fred e Jorge estavam rindo juntos.
— O que está errado? — perguntou Jorge varrendo o riso de suas faces — O que aconteceu? Quem está...
— Olho-Tonto — disse o Sr. Weasley — Morto!
Os gêmeos ficaram em choque. Ninguém sabia o que fazer. Tonks estava chorando silenciosamente. Ela tinha estado perto de Olho-Tonto. Harry sabia, ela era a favorita dele e sua protegida no Ministério da Magia. Hagrid que tinha sentado no chão num canto onde havia mais espaço, estava limpando os olhos com um lenço feito sob medida que mais parecia uma toalha de mesa. Gui rodeou a mesa e pegou uma garrafa de Uísque com alguns copos.
— Aqui. — disse ele entregando doze copos cheios para cada um deles, elevando o décimo terceiro ao alto — Ao Olho-Tonto!
— Ao Olho-Tonto! — eles disseram e beberam.
— Ao Olho-Tonto. — ecoou Hagrid, um pouco tarde, com um soluço.
O uísque de fogo queimou a garganta de Harry. Pareceu queimar por dentro, amenizando o clima e dando uma sensação de irrealidade, queimando-o como se sentisse coragem.
— Então Mundungo desapareceu? — disse Lupin, quem tinha esvaziado o copo para pegar outro.
A atmosfera mudou pela primeira vez. Todos olharam tensos, observando Lupin, esperando que ele fosse adiante, pareceu a Harry, e todos ligeiramente com medo do que pudessem ouvir.
— Eu sei o que você está pensando — disse Gui. — E eu quero saber também, de alguma maneira eles parecem estar esperando por nós, não estão? Mas Mundungo não abandonou a gente. Eles não saberiam que nós éramos Sete Harrys, o que os confundiu quando nós nos separamos, e no, caso de se esquecerem, foi Mundungo quem sugeriu o truque. Por que ele não contaria o ponto principal? Eu acho que Dungo entrou em pânico, é tão simples. Ele não queria vir em primeiro lugar, mas Olho-Tonto o fez vir, e Você-Sabe-Quem estava no encalço deles. É o suficiente para fazer as pessoas entrarem em pânico.
— Você-Sabe-Quem atuou exatamente como Olho Tonto esperava — guinchou Tonks. — Ele sempre disse que Você-Sabe-Quem esperaria que ele estivesse com o Harry verdadeiro. O membro mais resistente, o mais hábil dos Aurores. Ele perseguiu Olho-Tonto primeiro, e quando Mundungo desistiu, ele partiu para Kingsley...
— Sim, e eles estavam todos muito bem. — cortou Fleur, — mas isso ainda não explica como eles sabiam que nós estávamos mudando o Harry hoje à noite, explica? Alguém deve ter se descuidado. Alguém deixou escapar a data para alguém de fora. É a única explicação para eles saberem sobre a data, mas não sobre o plano inteiro.
Ela brilhou em volta deles todos, mesmo com os cortes, seu rosto ainda estava bonito, silenciosamente ninguém ousou contradizê-la. O único som que quebrou o silêncio foi o soluço de Hagrid atrás de seu lenço. Harry olhou de relance para Hagrid, que tinha se arriscado para salvar a vida de Harry – Hagrid que o amava – em quem ele confiava, que uma vez tinha dado a Voldemort uma informação crucial em troca de um ovo de dragão...
— Não. — disse Harry alto e todos olharam para ele, surpresos. O uísque de fogo parecia ter ampliado a sua voz. — Eu quero dizer... Se alguém cometeu um erro e deixou alguma coisa escapar, eu sei que se eles não deixaram escapar porque queriam. Não foi de propósito. — Harry repetiu mais ruidosamente tanto quanto ele deveria ter falado. — Nós temos que confiar uns nos outros. Eu confiei em todos vocês, e eu não acho que alguém nesta sala queria me entregar ao Voldemort.
Mais silêncio seguiu suas palavras. Eles estavam olhando para ele, Harry sentiu um pequeno calor novamente, e bebeu mais um pouco para fazer efeito. Enquanto bebia, ele pensou em Olho-Tonto. Olho-Tonto teria dispensado a voluntariedade de Dumbledore para confiar nas pessoas.
— Muito bem, Harry! — disse Fred inesperadamente.
— É apoiado, apoiado! — disse Jorge olhando rápido para Fred, cujo canto da boca contraiu-se.
Lupin estava ouvindo com uma expressão estranha quando ele olhou para Harry. Estava perto de sentir pena.
— Você acha que eu sou um tolo? — exigiu Harry.
— Não, eu acho que você se parece com o Tiago — disse Lupin. — Eu teria esperado a mesma atitude dele, ele teria a mesma confiança em seus amigos.
Harry sabia que Lupin estava se referindo a quando seu pai tinha sido traído por um amigo, Pedro Pettigrew. Ele se sentiu irritado. Ele queria discutir, mas Lupin tinha se afastado dele, e sentou-se com seu copo do outro lado da mesa, e tinha se dirigido à Gui. — Existe trabalho a fazer. Eu posso perguntar ao Kingsley se...
— Não! Eu farei, eu irei! — disse Gui uma vez.
— O corpo de Olho-Tonto, nós precisamos recolhê-lo! — disse Lupin.
— Não podemos —? começou o Sr. Weasley apelando para Gui.
— Esperar? — disse Gui. — Não, a não ser que você prefira que os Comensais peguem primeiro?
Ninguém falou, Lupin e Gui disseram adeus e saíram.
O resto deles deixaram-se cair nas cadeiras, exceto Harry que já tinha levantado. De repente a morte era uma presença iminente. — Eu tenho que ir também. — disse Harry. Dez pares de olhos viraram para ele.
— Não seja teimoso, Harry. — disse a Sra. Weasley. — Sobre o que nós estávamos falando?
— Eu não posso ficar aqui. — Ele esfregou a cicatriz, estava ardendo de novo, como acontecera no ano anterior. — Vocês estão em perigo enquanto eu estiver aqui. Eu não quero...
— NÃO SEJA TOLO! — disse a Sra. Weasley. — O objetivo hoje era trazê-lo em segurança para cá, e graças a Deus funcionou. E Fleur concordou em fazer o casamento aqui, melhor do que na França. Nós arranjamos tudo, então nós podemos ficar juntos e cuidar de você —
Ela não entendia, ela estava fazendo ele se sentir pior, não melhor.
—Se Voldemort descobrir que estou aqui...
— Existem dezenas de lugares que você poderia estar agora, Harry! — disse a Sra. Weasley. — Não existe jeito de saber qual casa você está.
— Eu não estou preocupado comigo, estou preocupado com vocês. — disse Harry.
— Nós sabemos. — disse a Sra. Weasley inquieta. — Mas se você o fizer teremos que nos arriscar igual essa noite.
— Ele não vai a lugar algum. — rosnou Hagrid. —Depois de tudo o que fizemos você quer sair daqui?
— É , e a minha orelha sangrando? — disse Jorge.
— Eu sei que...
— Olho-Tonto não iria querer...
— EU SEI! — berrou Harry.
Ele se sentiu importunado e marcado: Eles pensavam que ele não sabia o que tinham feito por ele, não entendem que essa era precisamente a razão que dele querer ir agora, antes que eles sofram mais do que ele tinha sofrido? Havia um silêncio inábil, na qual a sua cicatriz continuou a arder, como da última vez que foi quebrado pela Sra. Weasley.
— Onde está Edwiges, Harry? — ela perguntou — Nós podemos colocá-la com Pichitinho e damos a elas o que comer.
Ele não poderia contar a ela a verdade. Ele tinha bebido o resto do Uísque de Fogo para evitar responder a essas perguntas.
— Espere até sair que você fez de novo, Harry, — disse Hagrid. — Fugiu dele, lutou com ele quando estava bem na sua frente!
— Não fui eu. — disse Harry rapidamente. — Foi minha varinha. Minha varinha agiu por contra própria!
Depois de alguns minutos, Hermione disse gentilmente. — Mas isso é impossível, Harry. Você quer dizer que você fez mágica sem ela. Você deve tê-la alcançado instintivamente.
— Não. — disse Harry. — A moto estava caindo. Eu deveria ter contado a você onde Voldemort estava, mas minha varinha girou na minha mão, encontrou ele e disparou por um momento, e na mesma hora eu reconheci. Eu nunca fiz aparecerem chamas douradas antes.
— Frequentemente. — disse o Sr. Weasley. — Quando você exerce pressão sob a situação você pode produzir feitiços que nunca sonhou. Algumas crianças o fazem frequentemente, mesmo antes de serem treinadas...
— Mas não foi algo assim — disse Harry gritando através dos dentes. A cicatriz dele estava queimando. Ele estava furioso e frustrado: odiava a idéia de que eles estavam imaginando que Harry pudesse ter poderes iguais aos que Voldemort tem.
Ninguém disse nada. Ele sabia que ninguém acreditava nele. Agora ele vinha pensando nisso, ele nunca tinha ouvido falar de varinha que produzia feitiços por conta própria.
A cicatriz dele continuava ardendo, ele não poderia gemer alto. Deu a desculpa que queria tomar ar fresco e deixou a sala.
Quando ele cruzou o jardim escuro, o grande Testrálio esquelético fechou as asas de morcego e recomeçou a pastar, Harry parou na porta olhando fixamente para fora olhando o jardim excessivamente grande, ele esfregou sua cicatriz pensando em Dumbledore.
Dumbledore acreditaria nele, ele sabia disso. Dumbledore teria dito como e por que a varinha de Harry tinha agido independentemente, porque Dumbledore sempre tinha as respostas, ele sabia tudo sobre varinhas, tinha explicado a Harry a grande conexão existente entre a varinha dele e de Voldemort... Mas Dumbledore, como Olho-Tonto, Sirius Black, como pais dele, como sua coruja, todos tinham ido para onde Harry nunca poderia falar com eles novamente. Ele sentia a garganta doer e não tinha nada a ver com Uísque de Fogo.
Então, do nada, a dor da cicatriz dele piorou, embrenhado na cicatriz, ele fechou os olhos, escutando uma voz em sua cabeça.
— Você me contou que o problema seria resolvido usando outras varinhas!
E teve uma visão na mente de um velho homem mentindo, gritando, terrível, prolongado pelos gritos, um grito de agonia...
— Não, não, eu imploro a você, não...
— Você mentiu para Voldemort, Olivaras!
— Eu não... Eu juro que não...
— Você procurou ajudar o Potter, ajudou-o a escapar!
— Eu juro que não... Eu sei a diferença de uma varinha quando deveria funcionar!
— Explique, então o que aconteceu. A varinha de Lúcio está destruída!
— Eu não entendo... A conexão... Existe apenas... Entre suas duas varinhas...
— Mentira.
— Por favor, eu imploro...
E Harry viu a mão branca aumentando para pegar a varinha e sentiu Voldemort arder de raiva, viu a frágil mão do homem no chão, contorcia em agonia...
— Harry?
Acabou tão rapidamente quanto veio. Harry levantou na escuridão, o seu coração disparado, a cicatriz ainda doía. Estava vendo difíceis momentos antes de Rony e Hermione aparecerem.
— Harry, volte para dentro da casa. — Hermione chamou. — Você não está pensando em nos deixar, não é?
— Você tem que ficar aqui. — disse Rony batendo em suas costas.
— Tá tudo bem? — perguntou Hermione, perto o suficiente olhando para a face de Harry. — Você parece terrível!
— Bem, — disse Harry — eu provavelmente pareço melhor do que Olivaras...
Quando ele terminou de contar o que tinha visto, Rony olhou normal, mas Hermione parecia assustada.
— Mas isso tinha que ter parado! Sua cicatriz — não devia estar fazendo isso mais. Você não deve fazer conexão com ele de novo — Dumbledore queria que você fechasse sua mente!
Enquanto ele não tinha resposta, ela prendeu o braço dele.
— Harry, ele está tomando o Ministério e os jornais e metade do Mundo Bruxo! Não deixe que ele invada sua cabeça também!