Posted by : Unknown junho 06, 2014

Capítulo 2


Harry conseguiu não gritar, mas foi por pouco. A criaturinha em sua cama tinha orelhas grandes como as de um morcego e olhos esbugalhados e verdes do tamanho de bolas de tênis. Harry percebeu na mesma hora que era aquilo que o andara observando na sebe do jardim àquela manhã.
Enquanto se entreolhavam, Harry ouviu a voz de Duda no hall.
— Posso guardar os seus casacos, Sr. e Sra. Mason?
A criatura escorregou da cama e fez uma reverencia tão exagerada que seu nariz, comprido e fino, encostou no tapete.
Harry reparou que ela vestia uma coisa parecida com uma fronha velha, com fendas para enfiar as pernas e os braços.
— Ah... Alô — cumprimentou Harry nervoso.
— Harry Potter! — exclamou a criatura com uma voz esganiçada que Harry teve certeza de que seria ouvida no andar de baixo. — Há tanto tempo que Dobby quer conhecê-lo, meu senhor... É uma grande honra...
— Ob-obrigado — respondeu Harry, andando encostado à parede para se largar na cadeira da escrivaninha, perto de Edwiges, que dormia em sua gaiola espaçosa. Teve vontade de perguntar "Que coisa é você?", mas achou que poderia parecer muito mal-educado, e em vez disso perguntou: — Quem e você?
— Dobby, meu senhor. Apenas Dobby. Dobby o elfo doméstico — disse a criatura.
— Ah... É mesmo? Ah... Não quero ser grosseiro nem nada, mas... A hora não é muito própria para ter um elfo doméstico no meu quarto.
Ouviu-se a risada aguda e falsa de tia Petúnia na sala. O elfo baixou a cabeça.
— Não que eu não esteja contente de conhecê-lo — acrescentou Harry depressa —, mas, ah, tem alguma razão especial para você estar aqui?
— Ah, claro, meu senhor — disse Dobby muito sério. — Dobby veio dizer ao senhor, meu senhor... É difícil, meu senhor... Dobby fica se perguntando por onde começar...
— Sente-se — disse Harry gentilmente, apontando para a cama.
Para seu horror, o elfo caiu no choro — um choro muito alto.
— S-sen-te-se! — chorou. — Nunca... Nunca na vida...
Harry pensou ter ouvido as vozes no andar de baixo hesitarem.
— Me desculpe — sussurrou. — Não quis ofendê-lo nem nada...
— Ofender Dobby! — engasgou-se o elfo. — Dobby nunca foi convidado a se sentar por um bruxo... Como um igual.
Harry, tentando ao mesmo tempo fazer o elfo se calar e dar a impressão de consolá-lo, levou Dobby de volta à cama, onde o elfo se sentou entre soluços, parecendo uma boneca enorme e muito feia. Por fim ele conseguiu se controlar e se sentou, os grandes olhos fixos em Harry com uma expressão de aquosa admiração.
— Vai ver você nunca encontrou muitos bruxos decentes — disse Harry para animá-lo.
Dobby sacudiu a cabeça. Depois, sem aviso, saltou da cama e começou a bater a cabeça, furiosamente na janela, gritando "Dobby mau! Dobby mau!”
— Não... Que é que está fazendo? — Harry sibilou, levantando-se depressa para puxar Dobby de volta para a cama. Edwiges acordara com um pio particularmente alto e batia as asas assustada contra as grades da gaiola.
— Dobby teve que se castigar, meu senhor — disse o elfo, que ficara ligeiramente vesgo. — Dobby quase falou mal da própria família, meu senhor...
— Sua família?
— A família de bruxos a que Dobby serve, meu senhor... Dobby é um elfo doméstico, obrigado a servir a uma casa e a uma família para sempre...
— E eles sabem que você está aqui? — perguntou Harry curioso.
Dobby estremeceu.
— Ah, não senhor, não... Dobby terá que se castigar com a maior severidade por ter vindo vê-lo, meu senhor. Dobby terá que prender as orelhas na porta do forno por causa disto. Se eles vierem, a saber, meu senhor...
— Mas eles não vão reparar se você prender as orelhas na porta do forno?
— Dobby duvida meu senhor. Dobby está sempre tendo que se castigar por alguma coisa, meu senhor. Eles nem ligam para Dobby, meu senhor. Às vezes me lembram de cumprir uns castigos a mais...
— Por que você não vai embora? Foge?
— Um elfo doméstico tem que ser libertado, meu senhor. E a família nunca vai libertar Dobby... Dobby vai servir à família até morrer, meu senhor...
Harry ficou olhando.
— E eu achei que era ruim continuar aqui mais quatro semanas. Isto faz os Dursley parecerem quase humanos. E ninguém pode ajudá-lo? Eu não posso?
Quase imediatamente Harry desejou não ter falado. Dobby desmanchou-se outra vez em guinchos de gratidão.
— Por favor — Harry sussurrou nervoso —, por favor, fique quieto. Se os Dursley ouvirem alguma coisa, se souberem que você esta aqui...
— Harry Potter pergunta se pode ajudar Dobby... Dobby ouviu falar de sua grandeza, senhor, mas de sua bondade Dobby nunca soube...
Harry, que estava sentindo o rosto ficar decididamente quente, disse:
— Seja o que for que você ouviu sobre a minha grandeza é tudo bobagem. Não sou sequer o primeiro da minha série em Hogwarts; Hermione, sim, ela...
Mas se calou depressa, porque pensar em Mione doía.
— Harry Potter é humilde e modesto — disse Dobby, reverente, as órbitas dos olhos brilhando. — Harry Potter não fala de sua vitória sobre Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado...
— Voldemort?
Dobby cobriu as orelhas com as mãos e gemeu.
— Não fale o nome dele, senhor! Não fale o nome dele!
— Desculpe — disse Harry depressa. — Sei que muita gente não gosta de falar. Meu amigo Rony...
E calou-se outra vez. Pensar em Rony também doía.
Dobby curvou-se em direção a Harry, seus olhos redondos parecendo fatais.
— Dobby ouviu falar — comentou com voz rouca — que Harry Potter encontrou o Lord das Trevas pela segunda vez, faz pouco tempo... Que Harry Potter escapou novamente.
Harry confirmou com a cabeça e os olhos de Dobby, de repente, brilharam de lágrimas.
— Ah, meu senhor — exclamou, secando o rosto com a ponta da fronha suja que usava. — Harry Potter é valente e audacioso! Já enfrentou tantos perigos! Mas Dobby veio proteger Harry Potter, alertá-lo, mesmo que ele tenha que prender as orelhas na porta do forno depois... Harry Potter não deve voltar à Hogwarts.
Fez-se um silêncio interrompido apenas pelo tinido dos talheres lá embaixo e o reboar distante da voz do tio Válter.
— Q-quê? — gaguejou Harry. — Mas eu tenho que voltar, o trimestre começa em primeiro de setembro. É só o que me anima a viver. Você não sabe o que passo aqui. O meu lugar não é aqui. O meu lugar é no seu mundo, em Hogwarts.
— Não, não, não — guinchou Dobby, sacudindo a cabeça com tanta força que as orelhas esvoaçaram. — Harry Potter deve ficar onde está seguro. Ele é grande demais, bom demais, para perder. Se Harry Potter voltar a Hogwarts, vai encontrar um perigo mortal.
— Por quê? — perguntou Harry surpreso.
— Há uma trama, Harry Potter. Uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano — sussurrou Dobby, tomado de repentina tremedeira. — Dobby sabe disso há meses, meu senhor. Harry Potter não deve se expor ao perigo. Ele é demasiado importante, meu senhor!
— Que coisas terríveis? — perguntou Harry na mesma hora. — Quem está planejando essas coisas?
Dobby fez um barulho engraçado como se engasgasse e em seguida bateu com a cabeça na parede num frenesi.
— Está bem! — exclamou Harry, agarrando o braço do elfo para fazê-lo parar. — Você não pode me dizer, eu compreendo. Mas por que é que você está alertando a mim? — Um pensamento súbito e desagradável lhe ocorreu. — Espere aí, isso não tem nada a ver com Vol... Desculpe... Com o Você-Sabe-Quem, tem? Você só precisa fazer com a cabeça sim ou não — acrescentou ele depressa quando a cabeça de Dobby voltou a se inclinar de modo preocupante para o lado da parede.
— Não... Não Aquele-que-Não-Deve-Ser-Nomeado, meu senhor.
Mas os olhos de Dobby se arregalaram e ele parecia estar tentando dar uma indicação ao garoto. Mas Harry, no entanto, não entendeu nada.
Dobby sacudiu a cabeça, os olhos mais arregalados que nunca.
— Então não consigo pensar quem mais teria uma chance de fazer acontecer coisas terríveis em Hogwarts — disse Harry. — Quero dizer, tem o Dumbledore, você sabe quem é Dumbledore, não sabe?
Dobby inclinou a cabeça.
— Alvo Dumbledore é o maior diretor que Hogwarts já teve. Dobby sabe disso, meu senhor Dobby ouviu dizer que os poderes de Dumbledore se rivalizam com os de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, no auge de sua força. Mas, meu senhor... — a voz de Dobby se transformou em um sussurro urgente — há poderes que Dumbledore não... Poderes que nenhum bruxo decente...
E antes que Harry pudesse impedi-lo, Dobby saltou da cama, agarrou o abajur da escrivaninha de Harry e começou a se golpear na cabeça, com ganidos de furar os tímpanos.
Fez-se um silêncio repentino no andar de baixo. Dois segundos depois, Harry, com o coração batendo loucamente, ouviu tio Válter entrar no corredor falando:
— Duda deve ter deixado a televisão ligada outra vez, o pestinha!
— Depressa! Dentro do armário! — sibilou Harry, empurrando Dobby, fechando a porta e se atirando na cama bem na hora em que a maçaneta girou.
— Que... Diabo... Você... Está... Fazendo? — disse tio Válter por entre os dentes cerrados, o rosto horrivelmente próximo do de Harry. — Você acabou de estragar o fecho da minha piada sobre o golfista japonês... Mais um ruído e você vai desejar nunca ter nascido, moleque!
Ele saiu do quarto pisando forte.
Trêmulo, Harry deixou Dobby sair do armário.
— Está vendo como é aqui? — perguntou. — Está vendo por que preciso voltar para Hogwarts? É o único lugar onde tenho... Acho que tenho amigos.
— Amigos que nem escrevem a Harry Potter? — perguntou Dobby manhoso.
— Acho que eles estiveram... Espere aí — disse Harry amarrando a cara. — Como é que você sabe que meus amigos não têm escrito?
Dobby arrastou os pés.
— Harry Potter não deve se zangar com Dobby. Dobby fez isso para ajudar!
— Você andou interceptando minhas cartas?
— Dobby está com elas aqui, meu senhor — respondeu o elfo. Saindo de fininho do alcance de Harry, ele puxou um maço grosso de envelopes de dentro da roupa. Harry conseguiu distinguir a letra caprichosa de Mione, os garranchos de Rony e até umas garatujas que pareciam ter vindo do guarda-caças de Hogwarts, Hagrid.
Dobby piscou ansioso para Harry.
— Harry Potter não deve se zangar... Dobby tinha esperanças... Se Harry Potter achasse que os amigos tinham esquecido dele... Harry Potter talvez não quisesse voltar à escola, meu senhor...
Harry não estava ouvindo. Tentou agarrar as cartas, mas Dobby saltou para longe do seu alcance.
— Harry Potter as receberá meu senhor, se der a Dobby sua palavra de que não vai voltar a Hogwarts. Ah, meu senhor, este é um perigo que o senhor não deve enfrentar! Diga que não vai voltar meu senhor!
— Não — respondeu Harry zangado. — Entregue-me as cartas dos meus amigos!
— Então Harry Potter não deixa a Dobby outra escolha — disse o elfo triste.
Antes que Harry pudesse se mexer, Dobby se precipitou para a porta do quarto, abriu-a e correu escada abaixo.
A boca seca, o estômago revirando, Harry saltou atrás dele, tentando não fazer barulho. Pulou os últimos seis degraus, caindo como um gato no tapete da entrada, procurando Dobby por todo lado. Da sala de jantar ele ouviu tio Válter dizer:
— Conte a Petúnia aquela história engraçada dos encanadores americanos, Sr. Mason. Ela anda doida para ouvir...
Harry correu pelo corredor em direção à cozinha e sentiu o coração parar.
A obra-prima de tia Petúnia, aquele pudim coberto de creme e violetas cristalizadas estava flutuando junto ao teto. Em cima de um guarda-louça no canto, encontrava-se agachado Dobby.
— Não — disse Harry quase sem voz. — Por favor... Eles vão me matar...
— Harry Potter deve prometer que não vai voltar à escola...
— Dobby... Por favor...
— Prometa meu senhor...
— Não posso!
Dobby lançou-lhe um olhar trágico.
— Então Dobby vai fazer isso, meu senhor, pelo bem de Harry Potter.
O pudim caiu no chão com um baque de fazer parar o coração. O creme sujou as janelas e as paredes quando o prato se espatifou. Com um estalido que parecia uma chicotada, Dobby desapareceu.
Ouviram-se gritos vindos da sala de jantar e tio Válter irrompeu pela cozinha onde encontrou Harry, paralisado de choque, coberto com o pudim de tia Petúnia da cabeça aos pés.
A princípio, pareceu que o tio Válter ia conseguir explicar a coisa toda.
("É o nosso sobrinho... Muito perturbado... Ver estranhos o perturba, então nós o mantemos no primeiro andar") Ele tangeu os Mason, muito chocados, de volta à sala de jantar, prometeu a Harry que ia chicoteá-lo e deixá-lo quase morto quando os Mason fossem embora, e lhe entregou um esfregão.
Tia Petúnia desencavou um sorvete do congelador e Harry, ainda tremendo, começou a limpar a cozinha com o esfregão.
Tio Válter talvez ainda tivesse conseguido fechar o negócio, se não fosse pela coruja.
Tia Petúnia estava oferecendo uma caixa de bombons de hortelã, depois do jantar, quando uma enorme coruja mergulhou pela janela da sala de jantar, deixou cair uma carta na cabeça da Sra. Mason e tornou a sair. A Sra. Mason berrou como uma alma penada e saiu porta afora gritando que havia doidos lá dentro. O Sr. Mason se demorou o suficiente para dizer aos Dursley que sua mulher tinha um medo mortal de pássaros de qualquer tipo e tamanho, e para perguntar se aquilo era a idéia que faziam de uma brincadeira.
Harry ficou na cozinha, segurando o esfregão à procura de apoio, quando tio Válter avançou para ele, um brilho demoníaco nos olhinhos miúdos.
— Leia isto! — sibilou malignamente, sacudindo a carta que a coruja entregara. — Vamos... Leia isso!
Harry apanhou a carta. Não continha votos de feliz aniversario.

“Prezado Senhor Potter, Fomos informados que um feitiço de levitação foi usado esta noite em seu local de residência às 9:12h. Como o senhor sabe, bruxos de menor idade não tem permissão para fazer feitiços fora da escola e, a continuar esta prática, o senhor poderá ser expulso da referida escola (Decreto para restrição racional da prática de bruxaria por menores, 1875, parágrafo C).
Gostaríamos também de lembrar-lhe que qualquer atividade mágica que possa chamar a atenção da comunidade não mágica (trouxa) é uma infração grave, conforme seção 13 do Estatuto de Sigilo da Confederação Internacional de Bruxos.
Boas férias!
Mafalda Hopkirk
Escritório de Controle do Uso Indevido de Mágica
Ministério da Magia”
Harry ergueu os olhos da carta e engoliu em seco.
— Você não nos disse que não tinha permissão de usar mágica fora da escola — disse tio Válter, um brilho demente dançando nos olhos. — Esqueceu-se de mencionar... Vai ver lhe escapou...
O tio veio avançando para Harry como um grande buldogue, os dentes arreganhados.
— Muito bem, tenho novidades para você, seu moleque... Vou prendê-lo... Você nunca mais vai voltar para aquela escola... Nunca... E se tentar se soltar por mágica, eles é que vão expulsá-lo!
E dando risadas como um maníaco, arrastou Harry para o quarto.
Tio Válter não faltou com sua palavra. Na manha seguinte, ele pagou um homem para instalar grades na janela de Harry. Ele mesmo instalou a portinhola na porta do quarto, para que, três vezes por dia, eles pudessem empurrar pequenas quantidades de comida para dentro. Soltavam Harry de manhã e de noite para usar o banheiro.
A exceção disso, ele permanecia preso no quarto, dia e noite.
Três dias depois, os Dursley continuavam a não dar sinais de compadecimento, e Harry não via nenhuma saída para sua situação. Deitava-se na cama observando o sol se pôr por trás das grades da janela e se perguntava, infeliz, o que ia lhe acontecer.
De que adiantava se libertar do quarto por meio de mágica se Hogwarts o expulsaria por isso? Contudo, a vida na Rua dos Alfeneiros atingira seu ponto crítico.
Agora que os Dursley sabiam que não iam acordar transformados em morcegos comedores de frutas, Harry perdera sua única arma. Dobby talvez o tivesse salvo dos horríveis acontecimentos em Hogwarts, mas do jeito que as coisas caminhavam, ele provavelmente ia morrer de fome.
A portinhola bateu e a mão da tia Petúnia surgiu empurrando uma tigela de sopa em lata para dentro do quarto. Harry, cujas entranhas doíam de tanta fome, saltou da cama e apanhou-a. A sopa estava gelada, mas ele bebeu metade de um gole só. Depois, atravessou o quarto até a gaiola de Edwiges e empurrou as verduras moles do fundo da tigela para a bandeja vazia da coruja. Ela sacudiu as penas e lhe lançou um olhar de profundo nojo.
— Não adianta empinar o bico para a comida: isto é só o que temos — disse Harry sério.
Ele repôs a tigela vazia ao lado da portinhola e se deitou na cama, sentindo-se mais faminto do que estivera antes da sopa.
Supondo que continuasse vivo dali a quatro semanas, o que aconteceria se não se apresentasse em Hogwarts? Mandariam alguém para saber por que ele não voltara? Conseguiriam obrigar os Dursley a soltá-lo?
O quarto foi escurecendo. Exausto, com a barriga roncando, a cabeça girando com a mesma pergunta irrespondível, Harry mergulhou num sono agitado.
Sonhou que estava sendo exibido num zoológico, com uma etiqueta presa à gaiola em que se lia: BRUXO MENOR DE IDADE. As pessoas o observavam por trás das grades, faminto e fraco, deitado numa cama de palha. Ele viu o rosto de Dobby na multidão e gritou pedindo ajuda, mas Dobby respondeu: "Harry Potter está seguro aí, meu senhor!" e desapareceu. Então os Dursley apareceram e sacudiram as grades da gaiola, rindo-se dele.
— Parem — murmurou Harry enquanto o barulho das grades martelava em sua cabeça dolorida. — Me deixem em paz... Parem com isso... Estou tentando dormir...
Ele abriu os olhos. O luar entrava pelas grades da janela. E alguém o espiava pelas grades: alguém de rosto sardento, cabelos vermelhos e nariz comprido.
Rony Weasley se achava do lado de fora da janela de Harry.

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