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agosto 31, 2014
Sobre o Autor
Beleza
de nome
↙
“Newt” (Newton) Ártemis Fido Scamander nasceu em 1897. Seu interesse em
animais fabulosos foi incentivado pela mãe, que era uma criadora entusiástica
de hipogrifos de luxo. Ao se diplomar na Escola de Magia e Bruxaria de
Hogwarts, o Sr. Scamender ingressou no Departamento para Regulamentação e
Controle das Criaturas Mágicas do Ministério da Magia. Depois de trabalhar dois
anos na Seção de Recolocação de Elfos Domésticos, anos que ele descreve como
”extremamente tedioso”, foi transferido para a Divisão de Animais, onde seu
prodigioso conhecimento de animais mágicos bizarros garantiu sua rápida
promoção.
Embora seja
praticamente o único responsável pela criação do Registro de lobisomens em
1947, ele diz que seu maior orgulho é a Proibição de Criação Experimental,
aprovada em 1965, que efetivamente impediu a criação de novos monstros indomáveis
na Grã-Bretanha. O trabalho do Sr. Scamander no Departamento de Pesquisa e
Limitação de Dragões levou-o várias vezes ao exterior em viagens de pesquisa,
durante as quais ele recolheu informações para seu best-seller mundial, Animais Fantásticos & Onde Habitam,
agora na quinquagésima segunda edição.
Newt Scamander recebeu a Ordem de Merlim, Segunda Classe, em
1979, um reconhecimento dos serviços que prestou ao estudo dos animais,
Magizoologia. Agora aposentado, ele vive em Dorset com a mulher Porpentina e
seus amassos: Hoppy, Milly e Mauler.
Prefácio
Senti-me profundamente honrado quando Newt Scamander me pediu
para escrever o prefácil da sua edição muito especial de Animais Fantásticos & Onde Habitam. Esta obra-prima de Newt foi
escolhida como livro-texto para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts desde
a sua publicação, e é grandemente responsável pelos resultados sempre bons dos
nossos alunos nos exames e Trato das Criaturas Mágicas – contudo não é um livro
que deva ser lido apenas na escola. Nenhuma casa bruxa está completa se não
possuir um exemplar de Animais
Fantásticos, muito manuseador por gerações que folhearam suas páginas à
procura da melhor maneira de livrar os gramados dos horklumps (toletes), de
interpretar os gritos aflitivos do augurey (agoureiro), de curar o mau hábito
do seu puffskein (pufoso) de estimação de beber água no vaso sanitário.
Esta edição, porém,
tem um objetivo mais elevado do que a instrução da comunidade bruxa. Pela
primeira vez na história da nobre casa editora Obscurus, um dos seus títulos
será oferecido à venda para trouxas.
O trabalho do Comic Relief para combater uma das piores
formas de sofrimento humano é bem conhecido no mundo trouxa, por isso é aos
meus irmãos bruxos que eu agora me dirijo. Saibam, então, que não somos os
únicos a reconhecer o poder de cura do riso, os trouxas também estão
familiarizados com ele e aproveitam essa dádiva de forma muito imaginativa,
usando-a para angariar fundos com o objetivo de ajudar a salvar e a melhorar
vidas – um tipo de mágica a que todos aspiramos, OComic Relief já levantou 174
milhões de libras esterlinas (trinta e quatro milhões, oitocentos e setenta e
dois galeões, catorze sicles e sete nuques) desde 1985.
Agora o mundo dos
bruxos tem o privilégio de ajudar o Comic Relief em sua obra. Você tem em suas
mãos uma duplicata do Animais
Fantásticos, que pertence a Harry Potter, completa com as notas
informativas que ele e seus amigos fizeram á margem das páginas. Embora Harry
Potter parecesse um tanto relutante em permitir que seu livro fosse reeditado
na presente forma, nossos amigos do Comic Relief acharam que esses pequenos
acréscimos contribuiriam para o tom divertido do livro. O Sr. Newt Scamander,
há muito tempo resihnado com a pichação de sua obra-prima, concordou.
Está edição de Animais Fantásticos & Onde Habitam, será
vendido na Floreios e Borrões, bem como nos livrarias trouxas. Todos os
envolvidos em trazer este livro até você, desde o autor até a editora;
fornecedores de papel, gráfica, encadernadores e livreiros, contribuíram com
seu tempo, energia e material gratuito ou a preço reduzido, fazendo com que os
lucros obtidos com sua venda fossem destinados a um fundo aberto em nome de
Harry Potter pela Comic Relief U. K. e por J. K. Rowling. Este fundo foi criado
especificamente para ajudar crianças necessitadas ao redor do mundo. Os bruxos
que quiseram fazer doações suplementares devem enviá-las através do Banco
Gringotes (aos cuidados do duende Gancho).
Só me resta, então, prevenir a quem leu este
livro até aqui, sem compra-lo, que ele carrega um Feitiço contra Ladrão.
Gostaria, ainda, de aproveitar a oportunidade para tranquilizar os leitores
trouxas que as criaturas engraçadas aqui descritas são fictícias e não podem
lhes fazer mal. Aos bruxos, eu digo simplesmente: Draco dormiens nunquam titillandus.
Alvo Dumbledore
Introdução
Sobre este livro
Animais fantásticos & onde habitam, é
fruto de muitos anos de viagens e pesquisas. Lanço um olhar ao meu passado e
vejo um bruxinho de sete anos de idade que passava horas no quarto,
desmembrando toletes, e sinto inveja das viagens que ele faria: da selva mais
escura ao deserto mais ensolarado, do pico de montanhas a alagados, aquele
garoto sujo de sangue de tolete iria procurar, quando crescesse, os animais
descritos nas páginas seguintes. Visitei grutas, tocas e ninhos em cinco
continentes, observei os hábitos curiosos dos animais mágicos em centenas de
países, testemunhei seus poderes, ganhei sua confiança e, em certa ocasião,
espantei-os com minha chaleira de viagem.
A primeira edição de Animais fantásticos foi encomendada em 1918 pelo Sr. Augusto Worme
da editora Obscurus Books, que teve a gentileza de me perguntar se eu
consideraria a possibilidade de escrever para sua casa editora um compêndio bem
fundamentado sobre as criaturas mágicas. À época, eu era um simples funcionário
subalterno do Ministério da Magia e aceitei imediatamente a oportunidade,
visando, ao mesmo tempo, a aumentar o meu miserável salário de dois sicles por
semana e a passar as minhas férias viajando pelo planeta em busca de novas
espécies mágicas. O resto o mundo editorial já conhece: Animais fantásticos já está em sua quinquagésima segunda edição.
Apresente introdução pretende responder a
algumas das perguntas que me chegam com maios frequência pelo correio semanal
desde que este livro foi lançado em 1927. A primeira é a que considero mais
fundamental – o que é um “animal”?
Uma coisa grande e peluda com
pernas demais
↑
O que é um animal?
Há séculos a definição de “animal” tem causado controvérsia. Embora
isto surpreenda quem esteja estudando Magizoologia pela primeira vez, o
problema talvez fique mais claro se pararmos um instante para considerar três
tipos de criaturas mágicas.
Os Lobisomens passam a maior parte do tempo sob a forma humana
(seja a de bruxo ou a de trouxa). Uma vez por mês, no entanto, eles se
transformam em animais selvagens e quadrúpedes com intenções assassinas e sem
consciência humana.
Os hábitos dos centauros
não são humanos: eles habitam lugares isolados, recusam roupas e preferem viver
longe de bruxos e trouxas, embora tenham inteligência igual a ambos.
Os trasgos revelam uma
aparência humanoide, caminham eretos, podem aprender algumas palavras simples,
mas são menos inteligentes do que o unicórnio mais obtuso e não possuem poderes
mágicos propriamente ditos, exceto sua força prodigiosa e sobrenatural.
Perguntamos então: qual
dessas criaturas é um “ser” – ou seja, uma criatura digna de direitos legais e
voz no governo do mundo mágico – e qual é um “animal”?
As primeiras tentativas para
decidir que criaturas mágicas deviam ser designadas “animais” é extremamente
primitiva.
Burdock Muldoon, chefe do
Conselho de Bruxos¹ no século XIV, decretou que todo membro da comunidade
mágica que caminha sobre duas pernas dali em diante faria jus à condição de
“ser”, e os demais permaneciam “animais”. Imbuído de um espirito fraterno ele
convidou todos os “seres” a se reunirem com os bruxos em um encontro de cúpula
para discutir as novas leis da magia, e descobriu, para seu intenso
desapontamento, que errara nos cálculos. O salão de encontro estava apinhado de
duendes que haviam trazido em sua companhia o maior número de criaturas bípedes
que encontraram. Conforme nos conta Bathilda Bagshot em Uma história da magia:
Mal se conseguia ouvir com a gritaria dos
oraqui-oralá, os lamentos dos agoureiros e o canto incessante e agudo dos
fiuuns. Enquanto os bruxos e bruxas tentavam consultar os papéis que tinham
diante deles, uma variedade de fadinhas e pequenos duendes circulavam em volta
de suas cabeças, dando risinhos abafados e dizendo coisas ininteligíveis. Uns
doze trasgos começaram a quebrar o salão com suas maças, enquanto megeras
deslizavam pelo lugar à procura de crianças para comer. O chefe do Conselho se
levantou para abrir o encontro, escorregou em um monte de excremento de pocotó
e saiu do salão correndo e xingando.
Vemos assim que o fato de
possuir duas pernas não era garantia de que uma criatura mágica pudesse ou
devesse ter interesse nos assuntos do governo bruxo. Amargurado, Burdock
Muldoon renegou qualquer tentativa de integrar os membros não bruxos da
comunidade mágica no Conselho de Bruxos.
A sucessora de Muldoon,
Madame Elfrida Clagg, tentou redefinis os “seres” na esperança de criar laços
mais fortes com outras criaturas mágicas. “Seres”, declarou ela, eram aqueles
capazes de falar uma língua humana. Todos que conseguissem falar
inteligivelmente aos membros do Conselho estavam, portanto, convidados a
comparecer ao próximo encontro. Mas uma vez, porém, houve problemas. Os Trasgos
que tinham aprendido com os duendes algumas frases simples começaram a destruir
o salão como antes. Os furanzões corriam em torno das pernas das cadeiras dos
conselheiros, unhando os tornozelos ao seu alcance. Entrementes, uma grande delegação
de fantasmas (que haviam sido barrados sob a liderança de Muldoon, mediante o
argumento de que não andavam sobre duas pernas, mas deslizavam) compareceu, mas
eles se retiraram desgostosos com o que denominaram mais tarde de “ênfase
descarada do Conselho nas necessidades dos vivos em oposição aos desejos dos
mortos”. Os centauros que sob Muldoon haviam sido classificados como “animais”
e, agora, sob Madame Clagg, definidos como “seres”, recusaram-se a comparecer
ao Conselho em protesto pela exclusão dos sereianos, que não eram capazes de
conversar em outra língua exceto serêiaco quando subiam à superfície.
Somente em 1811 foram
encontradas definições que a maior parte da comunidade mágica achou aceitável.
Grogan Stump, o Ministério da Magia recém-nomeado, decretou que um “ser” era “qualquer
criatura que possuísse inteligência suficiente para compreender as leis da comunidade
mágica e para compartir a responsabilidade na preparação de tais leis”.² Na
ausência dos duendes os trasgos foram interrogados e o Conselho concluiu que
não entendiam nada do eu lhes era dito; foram, portanto, classificados como
“animais” apesar de andarem sobre duas pernas; os sereianos, pela primeira vez,
foram convidados por meio de intérpretes a se tornarem “seres”; fadinhas, elfos
e gnomos, apesar de sua aparência humanoide, foram relegados com firmeza à
categoria de “animais”.
Naturalmente, a questão não
se encerrou aí. Todos conhecemos os
extremistas que fazem campanha pela classificação dos trouxas como “animais”,
todos sabemos que os centauros recusam a condição de “seres” e solicitaram
permanecerem como “animais” ;³ entrementes, os lobisomens foram transferidos da
Divisão de Animais para a de Seres há muito anos; no momentos em que escrevo há
um Serviço de Apoio aos Lobisomens e a Unidade de Captura de Lobisomens
permanecem subordinados à Divisão de Animais. Várias criaturas extremamente
inteligentes são classificadas como “animais” porque não conseguem superar suas
naturezas brutas. As acromântulas e as manticoras são dotadas de linguagem, mas
tentarão devorar qualquer humano que se aproxime delas. A esfinge fala somente
em charadas e enigmas e se torna violenta quando recebe uma resposta errada.
Sempre que nas páginas
seguintes a classificação de um animal continuar incerta, o fato será
registrado em seu verbete.
Abordemos agora a pergunta
que bruxas e bruxos mais fazem quando a conversa se volta para a Magizoologia:
Por que os trouxas não veem essas criaturas?
¹ O Conselho de
Bruxos precedeu o Ministério da Magia.
² Abriu-se uma exceção para os fantasmas, que afirmavam ser
insensível classifica-los como “seres” quando eram tão evidente “ex-seres”.
Stump, portanto, criou as três divisões do Departamento para Regulamentação e
Controle das Criaturas Mágicas que existem até hoje: a Divisão de Feras, a
Divisão de Seres e a Divisão de Espíritos.
³ Os centauros fizeram
objeções e algumas das criaturas com quem deveriam compartir a condição de
“ser”, tais como as megeras e os vampiros, e declararam que eles administrariam
seus negócios independentemente dos bruxos, Um ano depois os sereianos fizeram
o mesmo pedido. O Ministério da Magia aceitou essa exigência com relutância,
Embora exista uma Seção de Ligação com os centauros na Divisão de Feras do
Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, nenhum
centauro jamais usou. De fato, “ser designado para a Seção dos Centauros”
tornou-se uma piada no Departamento e significa que a pessoa em questão será em
breve demitida.
mentiroso
↓
UMA BREVE
HISTÓRIA DA PERCEPÇÃO QUE OS TROUXAS TÊM DOS ANIMAIS FANTÁSTICOS QUE VIVEM
OCULTOS
Por mais surpreendente que
possa parecer a muitos bruxos, os trouxas nem sempre foram ignorantes a
respeito das criaturas mágicas e monstruosas que nos esforça há tanto tempo
para esconder. Um relance pela arte e a literatura trouxa da Idade Média revela
que eles sabiam serem reais muitas das criaturas que hoje consideram
imaginárias. O dragão, o grifo, o unicórnio, a fênix, o centauro – estes e
muitos outros estão representados nas obras de arte daquele período, embora com
uma inexatidão quase cômica.
Contudo, um exame mais
atento dos bestiários trouxas daquele período comprova que a maioria dos
animais mágicos ou passou inteiramente despercebida dos trouxas ou foi
confundida com outra coisa qualquer. Examinem o fragmento do manuscrito, a seguir,
de autoria de um tal de Irmão Benedito, um monge franciscano de Worcestershire:
Hoje, quando andava pelo canteiro d ervas
afastei um pé de manjericão e descobri um furão de tamanho monstruoso. Ele não
correu nem se escondeu como costumam fazer esses animais, mas saltou sobre mim,
fazendo-me cais de costa no chão gritando com uma fúria pouco natural: “Dá o
fora, careca!” Mordeu então meu nariz com tanta força que fiquei sangrando por
muitas horas. O frei não quis acreditar que eu encontrara um furão falante e
até me perguntou se eu andara bebendo o vinho de nabos do Irmão Bonifácio. Como
o meu nariz continuasse inchado e sangrando fui dispensado de assistir ás
vésperas.
Evidentemente, nossos amigos trouxa tinha descoberto não um furão,
como ele supôs, mas um furanzão, muito provavelmente em perseguição à sua
vítima preferida, os gnomos.
A compreensão insuficiente é
muitas vezes mais perigosa do que a ignorância, e o temor que os trouxa têm da
magia sem dúvida aumentou com o seu medo do que poderia estar escondido em seus
canteiros de ervas. A perseguição dos trouxas aos bruxos nessa época estava
atingindo uma intensidade até então desconhecida, e a visão de animais como
dragões e hipogrifos contribuía para a histeria dos trouxas.
Não é objetivo deste livro
discutir o período de trevas que precedeu a retirada dos bruxos para a
clandestinidade.⁴ Estamos interessados apenas no destino dos animais fabulosos
que, como nós próprios, tiveram de se ocultos para que os trouxas se
convencessem de que magia não existia.
A confederação Internacional
dos Bruxos discutiu a questão em sua famosa reunião de cúpula de 1692. Nada
menos de sete semanas de discussões, por vezes azedas, entre bruxos de todas as
nacionalidades, foram dedicadas ao espinhoso problema das criaturas mágicas.
Quantas espécies poderíamos ocultar do olhar dos trouxas e quais deveriam ser?
Onde e como iríamos escondê-las? O debate prosseguiu, acalorado, e embora
houvesse criaturas inconscientes de que seu destino estava sendo decidido,
outras contribuíram para o debate.⁵
Finalmente chegaram a um
acordo.⁶ Vinte e sete espécies, desde o tamanho de um dragão ao de um bandinho,
deveriam ser escondidas dos trouxas, de modo a criar a ilusão de que jamais
haviam existido, exceto na imaginação. Este número cresceu no século seguinte,
á medida que os bruxos adquiriam maios confiança nos seus métodos de
ocultamento. Em 1750 foi inserida no Estatuto Internacional de Sigilo em Magia
a Cláusula 73, hoje respeitada pelos Ministérios da Magia do mundo inteiro:
Todo governo bruxo se responsabilizará pelo
ocultamento, cuidado e controle de todos os animais, seres e espíritos mágicos
que vivam dentro das fronteiras do seu território. Se tais criaturas causarem
mal ou chamarem atenção da comunidade trouxa, o governo bruxo da nação afetada
será disciplinado pela Confederação Internacional dos Bruxos.
⁴ Quem estiver interessado na história completa desse período
particularmente sangrento da vida dos bruxos deve consultar Uma história da magia de Bathilda
Bagshot (Ed. Livrinhos Vermelhos, 1947).
⁵ Delegações de centauros,
sereianos e duendes foram persuadidas a comparecer à reunião de cúpula.
⁶ À exceção dos duendes.
ANIMAIS
FANTÁSTICOS OCULTOS
Seria inútil negar que há violações ocasionais da Cláusula 73 desde
sua inserção no Estatuto. Os leitores britânicos mais velhos se lembram do
Incidente Ilfracombe de 1932 quando um dragão verde-galês errante mergulhou
sobre uma praia apinhada de trouxas que se banhavam ao sol. As fatalidades
foram felizmente evitadas pelas medidas corajosas tomadas por uma família de
bruxos em férias (condecorada pelo ato com Ordens de Merlim, Primeira Classe),
em que seus membros prontamente realizaram a maior operação de Feitiço da
Memória deste século nos habitantes de Ilfracombe, afastando por um triz a
calamidade iminente.⁷
A Confederação Internacional
dos Bruxos tem aplicado repetidas multas em certas nações por desrespeitar a
Cláusula 73. O Tibete e a Escócia são os dois infratores mais insistentes. Os
trouxas que veem iétis têm sido tão numerosos que a Confederação achou
necessário basear permanentemente uma Força-Tarefa Internacional nas montanhas
do Tibete. Entrementes a maior alga do mundo continua a escapar à captura no
lago Ness e parece ter se desenvolvido uma verdadeira sede de publicidade.
Apesar desses lamentáveis
incidentes, nós bruxos podemos nos dar os parabéns pelo bom trabalho que temos
feito. Não resta dúvida de que a maioria esmagadora dos trouxas da atualidade
se recusa a acreditar nos animais mágicos que seus antepassados tanto temiam.
Mesmo os trouxas que veem excrementos de pocotó ou rastros de lesmalenta –
seria tolice supor que os vestígios de tais criaturas sejam ocultáveis –
parecem se satisfazer com a mais inconsistente das explicações não magicas.⁸ Se
algum trouxa tiver pouco juízo de confidenciar a outros que viu um hipogrifo
voando para o norte, as pessoas em geral irão acreditar que ele bebeu ou está
“variando”. Por mais injusto que isso pareça para com o trouxa em questão, é
melhor do que ser queimado na fogueira ou afogado no laguinho do povoado.
Então, como é que a comunidade bruxa esconde os animais
fantásticos?
Por sorte algumas espécies
não precisão de muita ajuda para evitar serem vistos pelos trouxas. Criaturas
como o tebo, o seminvisto e o tronquinho têm maneiras próprias e extremamente
eficientes de se camuflar, e nunca foi necessário o Ministério da Magia
intervir para ajuda-los. Por outro lado, há animais que, graças à inteligência
ou à timidez inata, evitam a todo custo o contato com os trouxas – por exemplo,
o unicórnio, o bezerro apaixonado e o centauro. Outras criaturas magicas
habitam lugares inacessíveis aos trouxas – este é o caso da acromântula, nas
profundezas da floresta virgem de Bornéu, e da fênix, que faz ninho nos picos
de montanhas inalcançáveis sem usar magia alguma. Finalmente, o que é mais
comum, temos os animais que são pequenos demais, velozes demais ou gostam
demais de passar por animais mundanos e não atraem a atenção dos trouxas –
chizácaros, gira-giras e crupe pertencem a esta última categoria.
Ainda assim, há animais em
número suficiente que, seja ou não intencionalmente, continuam visíveis até aos
olhos trouxas, e são esses que geram uma quantidade considerável de trabalho
para o Departamento para a Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas.
Esse Departamento, o segundo maior do Ministério da Magia,⁹ cuida das variadas
necessidades das muitas espécies sob sua responsabilidade, de muitas maneiras
diferentes.
Hábitats Seguros
É possível que o passo mais importante para ocultar as criaturas
mágicas seja a criação de hábitats seguros. Os Feitiços Anti-trouxas impendem
que invasores penetrem nas florestas, onde centauros e unicórnios vivem, e nos
lagos e rios designados para uso dos sereianos. Em casos extremos, como o do
quintípede, áreas inteiras foram tornadas imapeáveis. ¹⁰
Algumas dessas áreas seguras
precisam ser mantidas sob constante supervisão bruxa: por exemplo, reservas de
dragões. Enquanto unicórnios e sereianos se contentam em permanecer nos
territórios destinados ao seu uso, os dragões aproveitam qualquer oportunidade
para sair à caça fora dos limites de sua reserva. Em alguns casos os Feitiços
Anti-trouxas não funcionam, pois os poderes do próprio animal poderão
cancelá-los. Tal é o caso do cavalo-do-lago, cujo único objetivo na vida é
atrair para si seres humanos, e o do Pogrebin, que sai à procura deles.
Controle de Vendas e Criação
A possibilidade de um trouxa
se assustar com quaisquer dos animais maiores e mais perigosos foi grandemente
reduzida pelas severas penas agora vinculadas à criação e venda de seus ovos e
filhotes. O Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas
mantém uma vigilância rigorosa sobre o comércio de animais fantásticos. A
Proibição de Criação Experimental de 1965 tornou ilegal o desenvolvimento de
novas espécies.
↑
Mas ninguém contou a Hagrid
Feitiços Desilusório
O bruxo da rua também tem
sua participação no ocultamento dos animais mágicos. Aqueles que são donos de
hipogrifos, por exemplo, são obrigados por lei a encantar a fera com um Feitiço
Desilusório para distorce a visão de qualquer trouxa que possa surpreendê-lo.
Os Feitiços Desilusórios devem ser realizados diariamente porque seus efeitos
costumam se desfzer.
Feitiços
da Memória
Quando o pior acontece e um
trouxa vê o que ele ou ela não deveria ver, o Feitiço da Memória talvez seja o
melhor instrumento para reparar o dano. O Feitiço da Memória pode ser realizado
pelo dono do animal em questão, mas em caso de trouxa terem sido seriamente
afetados, o Ministério da Magia pode enviar uma equipe de obliviadores
treinados.
A Seção de Desinformação
A Seção de Departamento
somente intervirá nos casos extremos de colisão magia-trouxa. Algumas
calamidades mágicas ou acidentes são simplesmente demasiados óbvios para serem
explicados pelos trouxas sem o auxilio de uma autoridade externa. Em tais
casos, a Seção de Desinformação entrará em contato direto como
primeiro-ministro dos trouxas para buscar uma explicação não mágica e plausível
para o acontecido. Os esforços ininterruptos dessa Seção em persuadir os
trouxas de que todas as provas fotográficas do cava-do-lago Ness são falsas já
produziram algum afeitos no sentido de salvar uma situação que, no passado,
parecia extremamente perigosa.
⁷ Em seu livro publicado em 1972, Trouxas
sensitivos, Blenheim Stalk afirma que alguns habitantes de Ilfracombe não
foram afetados pelo Feitiço da Memória em Massa. “Até hoje, um trouxa apelidado
de ‘Esquisitão’ continua falando nos bares ao longo da costa sulina de ‘ um
baita lagarto voador’ que perfurou seu colchão de ar.”
⁸ Há um fascinante exame
dessa feliz tendência dos trouxas em A
filosofia do mundano: por que os trouxas preferem não saber, do Prof.
Mordico Egg (Ed. Dust &. Mildewe, 1963).
⁹ O maior Departamento do
Ministério da Magia é o Departamento de Execução das Leis da Magia, ao qual os
outros seis departamentos estão, de alguma forma subordinados – com a possível
exceção do Departamento de Mistérios.
¹⁰ Quando uma área territorial é tornada imapeável,
é impossível traça-la nos mapas.
A
IMPORTÂNCIA DA MAGIZOOLOGIA
As medidas anteriormente
descritas são apenas um vislumbre dos objetivos e do alcance do trabalho feito
pelo Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Resta
apenas responder à pergunta para a qual todos nós, no íntimo, sabemos a
resposta: por que continuamos, coletiva e individualmente, tentando proteger e
ocultar os animais mágicos, mesmo os que são selvagens e indomáveis? A resposta
é transparente: para assegurar ás gerações futuras de bruxos e bruxas o prazer
de apreciar seus poderes e sua estranha beleza, como temos tido o privilegio de
fazer até hoje.
Ofereço este livro como uma
simples introdução ao tesouro de animais fantásticos que habitam o nosso mundo.
Setenta e cinco espécies serão descritas nas próximas páginas, mas não duvido
que ainda este ano mais algumas seja descoberta, exigindo que se publique uma
quinquagésima terceira edição revista de Animais
Fantásticos & Onde Habitam. Entrementes, acrescentarei apenas que me dá
grande prazer pensar que gerações de jovens bruxos e bruxas ampliaram seu
conhecimento e compreensão das feras fantásticas de que tanto gosto através das
paginas deste livro.
CLASSIFICAÇÕES
DO MINISTÉRIO
DA MAGIA
O Departamento para
Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas classifica todos os animais,
seres e espíritos conhecido. Oferece assim um guia imediato para a
periculosidade conhecida da criatura. As cinco classes são as seguintes:
Classificação do
Ministério da Magia (M.M.)
Ou qualquer coisa que Hagrid goste
XXXXX Mata bruxos/ impossível treinar ou
domesticar
XXXX Perigoso/ exige conhecimento
especializado/ bruxo
perito
pode enfrentar
XXX Bruxo competente pode enfrentar
XX Inofensivo/ pode ser domesticado
X Tedioso
Em alguns casos achei
necessária uma explicação para a classificação de um determinado animal e
acrescentei notas de rodapé.
UM GLOSSÁRIO
DOS
ANIMAIS FANTÁSTICOS
ACROMANTULA (ACROMÂNTULA)
Classificação M.M.: XXXXX xxxxxxxxx
A acromântula é uma aranha
monstruosa de oito olhos e dotada de fala humana. É originária de Bornéu, onde
habita a mata fechada. Suas características incluem pelos negros e grossos que
lhe cobrem o corpo; as pernas têm uma envergadura que pode abranger até quatro
metros e meio; as pinças produzem um estalido distinto quando ela se excita ou
se irrita; e, finalmente, produz uma secreção venenosa e tece teias abobadas no
solo. A acromântula é carnívora e prefere presas de grande porte. A fêmea é
maior que o macho e pode pôr até cem ovos de cada vez. Macios e brancos, ele
têm o tamanho de uma bola inflável de
piscina. Os filhotes nascem de seis a oito semanas após a postura. Os ovos de
acromântula são classificados como Artigos Não Comerciáveis Classe A pelo
Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, o que
significa que sua importação ou venda é punida com severidade.
Acredita-se que esse animal
foi desenvolvido por bruxos, possivelmente com a finalidade de guarda suas
casas ou tesouros, como acontece com a maioria dos seres criados por meio de
magia. Apesar de sua inteligência quase humana, a acromântula, no entanto, não
é treinável e oferece extremo perigo a bruxos e trouxas.
Os boatos de que uma colônia
desses animais teria se formado na Escócia não foram confirmados.
↑
Confirmado
por Harry Potter e Rony Weasley
ASHAWINDER (CINZAL)
Classificação M.M.: XXX
O ashwinder (cinzal) se
forma quando se permite que um fogo mágico arda livremente durante muito tempo.
Uma cobra fina, cinza-claro, de olhos rutilantes, surgirá das brasas desse fogo
e rastejará para as sombras da habitação em que se encontrar, deixando um
rrastro de cinzas atrás de si.
O cinzal vive apenas uma
hora, tempo usado para procurar um lugar escuro e protegido e ali depositar
ovos, depois do que ele vira pó. Os ovos são vermelho-vivo e liberam um intenso
calor. Podem incendiar uma habitação em
minutos se não forem encontrados e congelados com um feitiço apropriado. O bruxo
que perceber que há um ou mais cinzais soltos em casa deve procurar rastreá-los
imediatamente e localizar a ninhada de ovos. Uma vez congelados, os ovos são
muito valiosos para a preparação de Poções do Amor e podem ser comidos inteiros
como remédios para a malária.
Os cinzais são encontrados no mundo inteiro.
AUGOREY (AGOUREIRO), também conhecido como Irish
Phoenix (fênix irlandesa)
Classificação M.M.: XX
O augurey (agoureiro) é
nativo da Grã-Bretanha e da Irlanda, embora por vezes seja encontrado em outros
países do norte europeu. Pássaro magro e
de aspecto tristonho, que lembras um abutre e malnutrido, o agoureiro é
preto-esverdeado. É extremamente tímido, faz ninho em moitas espinhosas, come
grandes insetos e fadas, só voa sob chuva pesada e, no restante do tempo, fica
escondido em seu ninho em feitio de lágrimas.
O agoureiro tem um canto
baixo e soluçante característico, que antigamente se acreditava anunciar a
morte. Os bruxos evitavam os ninhos de agoureiro com medo de ouvir esse som de
partir o coração, e acredita-se que mais de um bruxo sofreu um ataque cardíaco
ao passar por uma moita e ouvir o lamento de um agoureiro escondido. Com o
tempo, porém, pesquisas aparentes revelaram que esse pássaro, simplesmente anuncia
a aproximação da chuva. Desde então, ele entrou na moda como barômetro caseiro,
embora haja quem ache difícil aturar o seu lamento contínuo durante os meses de
inverno. As penas do agoureiro não servem para fazer canetas porque repelem a
tinta.
BASILISK (BASILISCO),
também chamado King
of Serpents (Rei das Serpentes)
Classificação M.M.: XXXXX
O primeiro basilisco de que
se tem notícia foi criado por Herpo, o Sujo, um bruxo das trevas de
nacionalidade grega e ofidioglota, que descobriu, após muitas experiências, que
um ovo de galinha chocado por um sapo produzia uma cobra gigantesca dotada de
poderes extraordinariamente perigosos.
O basilisco é uma cobra
verde-vivo que pode alcançar quinze metros de comprimento. O macho tem uma
pluma vermelha na cabeça. Suas presas são excepcionalmente venenosas, mas seu
órgão de ataque mais poderoso são os grandes olhos amarelos. A pessoa que os
encara sofre morte instantânea.
Se a fonte de alimentos é suficiente (o basilisco como
todos os mamíferos e aves e a maioria dos répteis), ele pode atingir uma idade
avançada. Acredita-se que o espécime de Herpo, o Sujo, viveu quase novecentos
anos.
A criação do basilisco foi
declarada ilegal desde a época medieval, embora a prática seja facilmente
dissimulável, pois basta remover o ovo de galinha do choco do sapo quando o
Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas aparece à
porta. Contudo, uma vez que os basiliscos não são controláveis, exceto por
ofidioglotas, eles oferecem tanto perigo à maioria dos bruxos das trevas quanto
a qualquer outra pessoa, e não há registros de basilisco na Grã-Bretanha nos
últimos quatrocentos anos.
É o que você pensa
BILLYWIG (GIRA-GIRA)
Classificação M.M.: XXX
O billywig (gira-gira) é um
inseto nativo da Austrália. Mede cerca de um centímetro e três milímetros, é
azul-safira berrante. Sua velocidade é tão grande que ele raramente é percebido
pelos trouxas e, muitas vezes, é percebido pelos bruxos até receberem sua picada.
As asas do gira-gira saem do alto da cabeça e rodam a grande velocidade quando
ele voa. Na extremidade oposta do corpo há um ferrão longo e fino. Quem é
picado por um gira-gira sente tonteira seguida de levitação. Há gerações,
jovens bruxos e bruxas australianos têm tentado apanhar gira-giras para
provoca-los e serem picados por eles, produzindo assim esses efeitos colaterais
mesmo que o excesso de picadas possa fazer a vítima flutuar no ar descontrolada
durante dias seguidos. Nos casos em que há uma forte reação alérgica, essa
flutuação pode se tornar permanente. O ferrão seco do gira-gira é usado em
várias poções e acredita-se que seja um dos ingredientes do popular doce
Delícias Gasosas.
↖ então é a última vez que eu como Delícias
BOWTRUCKLE (TRONQUILHO)
Classicação M.M.: XX
O bowtruckle (tronquilho) é uma criatura que guarda árvores,
encontrável principalmente no oeste da Inglaterra, sul da Alemanha e certas florestas
da Escandinávia. É dificílimo de localizar por ser pequeno (no máximo vinte
centímetros de altura) e aparentemente formado por tronco e graveto com dois
olhinhos castanhos.
O tronquilho, que se
alimenta de insetos, é uma criatura pacífica e extremamente tímida, mas se a
árvore em que ele vive é ameaçada, há quem diga que ele salta sobre o lenhador
ou sobre o cirurgião-florestal que está tentando danificar sua habitação e fura
os olhos deles com seus dedos longos e afiados. Oferecer bichos-de-conta aos
tronquilhos os acalma por tempo suficiente para uma bruxa ou um bruxo retirar
madeira de sua árvores para fabricação de uma varinha.
BUNDIMUN (BASDINHO)
Classificação M.M.: XXX
O bundumun (basdinho) é
encontrado no mundo inteiro. Eleinfesta as casas, perito que é em infiltrar sob
as tábuas do soalho e rodapés. A presença do bandinho em geral é anunciada por
um fedor de decomposição. Ele secreta uma substância que apodrece até as
fundações da habitação em que se encontra.
Quando em repouso, o inseto
lembra uma mancha de fungo esverdeado dotada de olhos, embora quando se assuste
ele fuja com suas numerosas perninhas finas. Alimenta-se de sujeira. Os
Feitiços de Limpeza acabam com a infestação de bandinhos em uma casa, mas se
seu dono deixou que os insetos proliferassem livremente, ele deverá entrar em
contato com o Departamento para Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas
(Subdivisão de Pragas) antes que a casa desmorone. A secreção de bandinhos
diluída é usada para preparar ceros fluidos mágicos de limpeza.
CENTAUR (CENTAURO)
Classificação M.M.: XXXX
O centauro tem cabeça,
tronco e braços humanos ligado a um corpo de cavalo cujo colorido varia.
Inteligente e dotado de fala humana, a rigor, não deveria ser chamado de
animal, mas a seu próprio pedido foi assim classificado pelo Ministério da
Magia (veja a Introdução deste livro).
O centauro habita a
floresta. Acredita-se que ele teve origem na Grécia, embora haja atualmente
comunidades desses animais em várias partes da Europa. As autoridades desses
cada país em que há centauros destinaram a eles áreas em que não serão
incomodados pelos trouxas; porém, eles não têm grande necessidade da proteção
pelos bruxos, pois contam com recursos próprios para se esconder dos humanos.
O modo de vida do centauro é
envolto em mistério. Geralmente, eles têm tanta desconfiança de bruxos quanto
de trouxas e, na realidade, parecem não fazer
grande diferença entre os dois. Vivem em rebanhos que reúnem de dez a
cinquenta membros e gozam da reputação de entender de cura mágica, adivinhação
manejo de arco e astronomia.
CHIMAERA (QUIMERA)
Classificação M.M.: XXXXX
A chimaera (quimera) é um
monstro grego raro com cabeça de leão, corpo de bode e rabo de dragão. Feroz e
sanguinária, ela é extremamente perigosa. Só se conhece um exemplo de alguém
que tenha abatido uma quimera, mas o azarado bruxo em questão caiu do seu
cavalo alado e morreu pouco depois, sem força. Os ovos da
quimera são classificados como Artigos Não Comerciáveis Classe A.
então pode deixar que o Hagrid vai arranjar
algumas
CHIZPURFLE (CHIZÁCARO)
Classificação M.M.: XX
O chizpurfle (chazácaro) é
um pequeno parasita de até um milímetro e meio de altura com a aparência de um
caranguejo e dotado de grandes presas. É atraído pela magia e poder infestar o
pelo e as presas de criaturas como crupes e agoureiros. Penetra também a
habitação de bruxos e ataca objetos mágicos tais como a varinha, que ele rói gradualmente
até o cerne mágico, ou então se instala em caldeirões sujos, onde engole
qualquer restinho de poção. Embora o chizácaro possa ser eliminado facilmente
com qualquer das poções patenteadas à venda no mercado, várias infestações
podem exigir uma visita da Subdivisão de Pragas do Departamento para
Regulamentação de Controle das Criaturas Mágicas, pois o chizácaro quando
inchado por substâncias mágicas torna-se muito difícil de combater.
CLABBERT (CLABERTO)
Classificação M.M.: XX
O clabbert (claberto) é uma criatura arbórea, que lembra uma cruza
de mico com sapo. Teve origem no sul dos Estados Unidos, embora há muito tempo
tenha sido exportando para o mundo inteiro. Sua pele lisa e sem pelos é malhada
de verde, as mãos e os pés são palmados e os braços e pernas longos e
flexíveis, o que permite ao bicho se balançar de um galho para outro com a
agilidade de um orangotango. Sua cabeça tem pequenos chifres e uma boca larga,
que parece estar rindo, cheia de dentes afiados como uma navalha. O animal
alimenta-se principalmente de pequenos lagartos e aves.
Sua característica mais
marcante é uma enorme pústula no meio da testa que fica vermelha e faísca
quando o bicho percebe um perigo. No passado, os bruxos americanos mantinham
clabertos em seus jardins para dar sinal antecipado da aproximação de um
trouxa, mas a Confederação Internacional dos Bruxos criou multa que reduziram
muito tal prática. A visão à noite de uma árvore cheia de pústulas brilhantes,
embora decorativa, atraia muitos trouxas querendo saber por que seus vizinhos
continuavam a acender os enfeites de Natal em junho.
CRUP (CRUPE)
Classificação M.M.: XXX
O crup (crupe) é originário do sudeste da Inglaterra e é muito
parecido com um terrier, exceto pelo
rabo bifurcado. É quase certo que seja um cão criado por magia porque é muito
leal aos bruxos e feroz com os trouxas. É um grande comedor de refugo, ingere
qualquer coisa desde gnomos a pneus velhos. A licença para ter um crupe pode
ser no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas após
um simples exame para comprovar que o bruxo interessado é capaz de controlar o
animal nas áreas habitadas por trouxas. O dono é também obrigado por lei a
cortar o rabo dele, com um feitiço de Corte indolor, entre a sexta e a oitava
semana de vida para que o crupe não chame a atenção dos trouxas.
DEMIGUISE (SEMINVISO)
Classificação M.M.: XXXX
O seminviso é encontrado no Extremo Oriente, embora não seja fácil
localizá-lo, porque pode se tornar invisível quando ameaçado. Disto decorre que
só pode ser visto por bruxos treinados para sua captura.
O seminviso é um animal
herbívoro e pacífico, cuja aparência lembra a de um gracioso macaco com grandes
olhos negros e triste, em geral escondido sob os pelos da cabeça. O corpo
inteiro é coberto por pelos longos, finos e sedosos. Essa pelagem é muito
valorizada porque seus fios podem ser usados para tecer capas da
invisibilidade.
DIRICAWL (ORAQUI-ORALÁ)
Classificação M.M.: XX
O diracawl (oraqui-oralá) teve origem na ilha Maurícia. Esta ave
roliça, de pernas fofas e incapazes de voar, se destaca pelo seu método de
fugir do perigo. Ele desaparece em meio a uma nuvem de penas e reaparece em
outro lugar (a fênix tem essa mesma capacidade)
O interesse é que no
passado os trouxas conheciam perfeitamente a existência do araqui-oralá, embora
lhe dessem o nome de “dodo”. Por não perceberem que a ave podia desaparecer
quando queria, os trouxas acreditaram que tivessem provocado a extinção da
espécie por caçá-la em demasia. Uma vez que tal crença parece ter despertado a
consciência trouxa para os perigos de matar outras criaturas
indiscriminadamente, a Confederação Internacional dos Bruxos sempre achou
prudente não informar aos trouxas que o oraqui-oralá continuava a existir.
DOXY (FADA MORDENTE), por vezes chamada de Biting Fairy.
Classificação M.M.: XXX
Muitas vezes a doxy (fada mordente) é confundida com uma fada
verdadeira (ver “Fairy (fada)”), embora seja uma espécie bem diferente. Como a
fada, ela tem uma forma humana minúscula, mas é coberta de pelos espessos e
dotada de dois pares de pernas e braços. As asas da fada mordente são grossas,
curvas e brilhantes, muito semelhantes às de um besouro. Elas são encontradas
em todo o norte da Europa e América, preferindo climas frios. Põem até
quinhentos ovos de cada vez e os enterram. Os filhotes nascem entre duas a três
semanas depois.
As fadas mordentes possuem
fileiras duplas de dentes afiados e venenosos. É preciso tomar um antídoto
quando se é mordido.
DRAGON (DRAGÃO)
Classificação M.M.: XXXXX
O dragon (dragão),
provavelmente o animal mágico mais famoso do mundo, encontra-se entre os
difíceis de esconder. A fêmea é em geral maior e mais agressiva do que o macho,
embora ninguém deva se aproximar de nenhum dos dois exceto os bruxos com
aptidão e treinamento excepcionais. O coura, o sangue, o coração, o fígado e o
chifre do dragão têm grandes propriedades mágicas, mas seus ovos são
considerados Artigos Não Comerciáveis Classe A.
Existem dez espécies de
dragão, embora se saiba que elas ocasionalmente se entrecruzam produzindo
híbridos raros. Os dragões puros são os seguintes:
ANTIPODEAN OPALEYE (OLHO-DE-OPALA)
O Antipodean opaleye (olho-de-opala) é nativo da Nova Zelândia,
embora se saiba que emigra para a Austrália quando há uma redução de território
em sua terra natal. Ao contrario de outros dragões, ele habita os vales e não
as montanhas. Talvez o tipo mais belo de dragão, ele tem porte médio (entre
duas e três toneladas), escamas nacaradas e olhos iridescentes sem pupilas,
donde o seu nome. Produz uma chama vermelho-vivo, embora pelos padrões de
comportamento de um dragão ele não seja muito agressivo e raramente mate a não
ser que tenha fome. Seu alimento preferido são os carneiros, embora se saiba
que também ataca presas maiores. Uma onda de mortes de cangurus em fins 1970
foi atribuída a um olho-de-opala expulso de sua terra natal por uma fêmea
dominadora. Seus ovos são cinza-claro e podem ser confundidos com fósseis por
trouxas imprudentes.
CHINESE FIREBALL (METEORO-CHINÊS), também conhecido como Liondragon (dragão leonino)
O único dragão oriental tem
uma aparência particularmente vistosa. Vermelho, com escamas lisas, ele
apresenta uma franja de cristas douradas em volta do focinho arredondado e
olhos muito saltados. O meteoro-chinês recebe este nome por causa das labaredas
em forma de cogumelo que saem de suas narinas quando o irritam. Pesa entre duas
a quatro toneladas, sendo a fêmea maior do que o macho. Os olhos são
carmim-vivo com pintas douradas, e suas cascas são muito valiosas para a magia
chinesa. O meteoro-chinês é agressivo, porém mais tolerante com a própria
espécie do que a maioria dos dragões, consentindo por vezes em dividir seu
território com outros dois dragões. Banqueteia-se com a maioria dos mamíferos,
embora prefira porcos e humanos.
COMMON WELSH GREEN (VERDE-GALÊS COMUM)
O Welsh green (verde-galês) se confunde com os capins luxuriantes
de sua terra natal, embora faça ninho nas montanhas mais altas onde foi
desmarcada uma reserva para sua preservação. Apesar do Incidente Ilfracombe
(veja a Introdução) está raça está entre as que causam menos problemas,
preferindo, como os olhos-de-opala, caçar carneiros e se empenhar para visitar
os humanos, a não ser quando provocado. O verde-galês tem um urro surpreendentemente
melodioso que é facilmente reconhecível. Suas labaredas saem em jorros finos e
seus ovos cor de terra, sarapintados de verdes.
HEBRIDEAN BLACK (NEGRO DAS ILHAS HÉBRIDAS)
Este outro dragão nativo da Grã-Bretanha é mais agressivo do que o
seu correspondente galês. Exige um território de cento e sessenta quilômetros
quadrados por dragão. O negro da ilha Hébridas alcança nove metros de
comprimento, tem escamas ásperas, brilhantes olhos de púrpura e uma carreira de
cristas curtas, mas adiadíssimas, ao logo do dorso. Tem asas semelhantes ás do
morcego, seu rabo termina em um espigão em forma de flecha. O negro da ilha
Hébridas se alimenta principalmente de veados, embora se saiba que roube cães
de grande porte e até reses. O clã de bruxos MacFusty, que há séculos habita as
ilhas Hébridas, tradicionalmente tem se encarregado da administração dos
dragões dessas ilhas.
HUNGARIAN HORNTAIL (RABO-CÓRNEO HÚNGARO)
↙bota perigoso nisso
Com fama de ser a mais perigosa das raças de dragão, o rabo córneo
húngaro tem escamas pretas e uma aparência de lagarto. Seus olhos são amarelos,
os chifres cor de bronze tal como os cornos que cobrem o seu longo rabo. O
alcance (quinze metros) das labaredas do rabo-córneo é um dos maiores que há.
Seus ovos são cor de cimento com uma
casca particularmente dura; os filhotes quebram a casca com o rabo cujos cornos
já estão bem desenvolvidos quando eles nascem. O rabo-córneo se alimenta de
cabras, carneiros e, sempre que possível, de humanos.
↙O bebê Norberto
O Norwegian risgeback (dorso
cristado norueguês) lembra o rabo-córneo na maioria de suas características,
mas ao contrário de cornos no rabo, o dorso-cristado tem cristas bastante
salientes e negras por todo o dorso. Excepcionalmente agressivo com os de sua
espécie, o dorso-cristado é hoje em dia uma das raças mais raramente criadas.
Sabe-se que ataca a maioria dos mamíferos terrestres de grande porte e, o que é
incomum para um dragão, também se alimenta de criaturas marinhas. Um relato não
confirmado conta que um dorso-cristado capturou um filhote de baleia nas costas
da Noruega em 1802. Os ovos deste dragão são pretos e os filhotes desenvolvem a
capacidade de expelir labaredas mais cedo do que os de outras raças (entre um a
três meses).
PERUVIAN VIPERTOOTH (DENTE-DE-VÍBORA PERUANO)
É o menos dos dragões conhecido e o mais veloz em voo. Com cerca de
quatro metros e meio de comprimento apenas, o Peruvian Vipertooth
(dente-de-víbora peruano) tem escamas lisas acobreadas e marcas negras na
crista. Os chifres são curtos e as presas particularmente venenosas. O
dente-de-víbora alimenta-se sem hesitar de cabras e vacas, mas gosta tanto de
humanos que a Confederação Internacional dos Bruxos foi forçada a enviar
exterminadores no Peru, no fim do século XIX, para reduzir a população de
dragões que estava crescendo com rapidez assustadora.
ROMANIAN LONGHORN (CHIFRES-LONGOS ROMENO)
O Longhorn (chifres-longos) tem escamas verde-escuras e longos
chifres dourados faiscantes com os quais ele fura sua presa antes de assá-la.
Quando moído, os chifres desse dragão se tornam muito valiosos como ingrediente
para poções. O território nativo do chifre-longo foi recentemente transformado
na reserva de dragões mais importante do mundo, onde os bruxos de todas as
nacionalidades estudam de perto as raças de dragões. O chifre-longo tem sido
objeto de intenso programa de reprodução porque sua população diminuiu tanto
nos últimos anos, em grande parte devido ao comércio de seus chifres, que eles
se tornam Artigos Comerciáveis Classe B.
SWEDISH SHORT-SNOUT (FOCINHO-CURTO SUECO)
O Sewdish short-snout (focinho-curto-sueco) é um belo dragão
azul-prateado cuja pele é muito procurada para a confecção de luvas e escudos
de proteção. As labaredas que saem de suas narinas são azul-brilhantes e podem
reduzir madeiras e ossos a cinzas em questão de segundos. O focinho-curto é
responsável por um número menor de morte humanas do que a maioria dos dragões,
mas, como prefere viver em áreas montanhosas despovoadas e selvagens, esse dado
pouco significa.
UKRAINIAN IRONBELLY (BARRIGA-DE-FERRO UCRANIANO)
A maior raça de dragões conhecida, o Ironbelly (barriga-de-ferro
ucraniano) pode atingir seis toneladas de peso. Rotundo e mais lento no voo de
que o dente-de-víbora e o chifres-longo, o barriga-de-ferro é, ainda assim,
extremamente perigoso, capaz de esmagar as habitações sobre as quais aterrissa.
Suas escamas são cinza-metálico, os olhos de um vermelho forte e as garras
particularmente longas e cruéis. A espécie tem sido objeto de constante
observação por parte das autoridades bruxas ucranianas desde que um
barriga-de-ferro arrebatou um barco no mar negro, em 1799.
DUGBOG (CAVA-CHARCO)
Classificação M.M.: XXX
O dugbog (cava-charco) é um habitante dos brejos da Europa e das
Américas do Norte e Sul. Lembra um pedaço de madeira sem vida quando está
parado, embora a um exame atento revele patas com nadadeiras e dentes muito
afiados. Desloca-se pelos brejos, alimentando-se principalmente de pequenos
mamíferos e produz graves ferimentos nos tornozelos das pessoas que andam por
ali. A comida favorita do cava-charco, porém, é a mandrágora. Já houve gente
que cultivou essa planta que, ao levantar um folha de sua valiosa mandrágora,
encontrou restos sangrentos em consequência da visita de um cava-charco.
ERKLING (ELFO-DA-BAVÁRIA)
Classificação M.M.: XXXX
O elfo-da-bavária teve origem na Floresta Negra, na Alemanha. É
maior do que um gnomo (uns noventa centímetros em média), tem queixo fino e uma
gargalhada que encanta principalmente as crianças, a quem ele tenta atrair para
longe de seus guardiões a fim de as comer. O controle rigoroso exercido pelo
Ministério da Magia alemão reduziu drasticamente as mortes causadas pelos
elfos-da-bavária nos séculos mais recentes. O último ataque de que se tem
notícia foi ao bruxo Bruno Schmidt, de seis anos de idade, que resultou na
morte do elfo quando o bruxinho lhe deu uma forte pancada na cabeça com um
caldeirão desmontável do pai.
ERUMPENT (ERUMPENTE)
Classificação M.M.: XXXX
O erumpent (erumpente) é um animal africano, cinzento, de grande
porte e força, A distância, esse bicho, que pesa até uma tonelada, pode ser
confundido com um rinoceronte. Tem um couro grosso que repele a maioria dos
feitiços e maldições, um chifre afiado sobre o nariz e um grande rabo que
lembra uma corda. Dá a luz apenas um filhote de cada vez.
O erumpente não ataca a não
ser provocado pela dor, mas se ele investir contra alguém os resultados são
geral catastróficos. Seu chifre pode perfurar qualquer coisa desde pele até
metal e contém uma secreção fluida que faz a coisa ou pessoa injetada explodir.
O número de erumpentes não é grande porque os machos causam a
explosão uns dos outros durante a temporada de acasalamento. Esses animais são
tratados com grande cautela pelos bruxos africanos. Os chifres, rabos e
secreção explosiva do erumpente são empregados em poções, embora classificado
como Artigo Comerciável Classe B (Perigoso e Sujeito a Rigoroso Controle).
FAIRY (FADA)
Classificação M.M.: XX
A fada é um animal pequeno e decorativo, mas de pouca inteligência.
É usada ou conjurada com frequência pelos para servir de enfeite na decoração e,
em geral, habita as matas e os alagadiços. A fada varia de dois centímetros e
meio a doze centímetros e meio de altura, tem corpo, cabeça e ombros minúsculos
e humanoides, mas também grandes asas como as de um inseto que podem ser
transparentes ou multicoloridas conforme sua espécie.
A fada é dotada de fraco
poder mágico que ela usa para deter predadores tais como o aroureiro. Tem uma
natureza rixenta mas, sendo excessivamente vaidosa, torna-se dócil sempre que é
chamada a servir de ornamento. Apesar de sua aparência humana, a fada não fala.
Usa um zumbido para se comunicar com suas companheiras.
A espécie põe cinquenta
ovos de cada vez no verso das folhas. Deles nascem larvas vivamente coloridas.
De seis a dez dias depois elas se transformam em casulos, dos quais saem, um
mês mais tarde, adultos alados inteiramente formados.
FIRE CRAB (CARANGUEJO-DE-FOGO)
Classificação M.M.: XXX
Apesar seu nome, o fire crab (carangueijo-de-fogo) é muito
semelhante a uma grande tartaruga com uma carapaça cravejada de pedras
preciosas. Em sua terra de origem, as ilhas Fiji, uma faixa de litoral foi
transformada em reserva para protege-lo não apenas dos trouxas, que poderiam
ser tentados por sua carapaça valiosa, mas também dos bruxos inescrupulosos que
usam as carapaças como caldeirão muito procurado. O caranqueijo-de-fogo, no
entanto, tem um mecanismo de defesa próprio: expele chamas pelo rabo quando
atacado. Ele é exportado como animal d estimação mediante uma licença especial.
FLOBBERWORN (VERME-CEGO)
Classificação M.M.: X
O flobberworn (verme-cego) vive em valas úmidas. Animal de cor
castanha que chega a atingir cinte centímetros de comprimento, ele se mexe
muito pouco. Suas duas extremidades são indistinguíveis uma da outra, e ambas
produzem um muco que é, por vezes, usado para engrossar poções. O alimento
preferido do verme-cego é a alface, embora ele coma praticamente qualquer
vegetal.
FWOOPER (FIUUM)
Classificação M.M.: XXX
O fwooper (fiuum) é uma ave africana com a plumagem extremamente
colorida; pode ser laranja, rosa, verde-clara ou amarela. Há muitos anos o
fiuum fornece penas para canetas de luxo bem como põe ovos com desenhos em
cores vivas. A princípio prazeroso, o canto desta ave acaba levando quem o
escuta à loucura, por isso é vendida com
um Feitiço Silenciador que exige um reforço mensal. Seus donos precisam tirar
uma licença para tê-la pois a ave ser cuidada com responsabilidade.
GHOUL (VAMPIRO)
Classificação M.M.: XX
O ghoul (vampiro), embora feio, não é uma criatura particularmente
perigosa. Parece um ogro escorregadio e dentuço e, em geral, habita os sótãos
ou os celeiros de propriedade de bruxos onde come aranhas e mariposas. Ele geme
e de vez em quando atira objetos pela habitação, mas é em essência um simplório
que, na pior das hipóteses, rosna assustadoramente para todos com quem se
depara. Existe uma força-Tarefa para vampiros no Departamento de Regulamentação
e Controle das Criaturas Mágicas que se encarrega de removê-los das habitações
que passaram ás mãos de trouxas, mas nas famílias bruxas o vampiro muitas vezes
é assunto de conversas ou até bicho de estimação.
GLUMBUMBLE (BESOURO-DA-MELANCOLIA)
Classificação M.M.: XXX
O glumbumble (besouro-da-melancolia, norte da Europa) é um inseto
voador, cinzento, de corpo peludo; produz uma secreção que induz a melancolia e
é usado como antídoto para a histeria causada pela ingestão das folhas de
aliquente. Sabe-se que esse besouro pode infestar colmeias com efeito
desastroso para o mel. Ele faz ninho em lugares escuros e protegidos tais como
o oco das árvores e grutas. Alimenta-se de urtigas.
GNOME (GNOMO)
Classificação M.M.: XX
O gnomo é uma praga comum em jardins, e é encontrado por toda a
Europa e América do Norte. Pode atingir trinta centímetros de altura, tem uma
cabeça desproporcionalmente grande e dura e pés ossudos. Para expulsá-lo do
jardim é preciso girar o animal no alto até deixa-lo tonto e arremessá-lo por
cima do muro. Como alternativa pode-se usar um furanzão, embora hoje em dias
muitos achem esse método de controle de gnomos demasiado brutal.
GRAPHORN (ARPÉU)
Classificação M.M.:
XXXX
O arpéu é encontrado nas regiões montanhosas da Europa. Animal de
grande porte, púrpura-acinzentado e provido de corcova, o arpéu tem dois
chifres muito longos e afiados, caminha sobre enormes pés de quatro dedos e tem
uma natureza extremamente agressiva. Os trasgos montanheses são por vezes
vistos montados em arpéus, embora estes animais pareçam não tolerar as tentativas
de domá-los, pois é muito comum encontrar um trasgo coberto de cicatrizes
feitas por arpéus. Seus chifres moídos são empregados em muitas poções, embora
tal ingrediente seja caríssimo dada a dificuldade de obtê-lo, O couro é ainda
mais grosso que o de um dragão e repele a maioria dos feitiços.
GRIFFIN (GRIFO)
Classificação M.M.: XXXX
O grifo é originário da Grécia e tem as pernas dianteiras e uma
grande cabeça de águia, mas o corpo e as pernas traseiras de leão. Tal como as
esfinges (ver adiante), os grifos são com frequência empregados pelos bruxos
para guarda tesouros. E embora ele seja feroz, sabe-se de bruxos que têm feito
amizade com esse animal. Os grifos se alimentam de carne crua.
GRINDYLOW (GRINDYLOW)
Classificação M.M.: XX
Demônio aquático de chifres e pele verde-clara, o grindylow é
encontrado em lagos da Grã-Bretanha e Irlanda. Alimenta-se de pequenos peixes e
é igualmente agressivo com bruxos e trouxas, embora se saiba que os merpeople
(sereianos) são capazes de domesticá-los. O grindylow tem dedos muito longos
que embora possuam grande força são facilmente quebráveis.
HIPPOGRIFF (HIPOGRIFO)
Classificação M.M.: XXX
Será que Hagrid leu este livro?
O hipogrifo é nativo da Europa, embora seja atualmente encontrado
no mundo inteiro. Tem a cabeça de uma enorme águia e o corpo de cavalo. Pode
ser domesticado, embora isso só deva ser tentado por peritos. Deve-se
manter contato visual ao se avizinhar um hipogrifo. Fazer uma reverência
demonstra boas intenções. Se o hipogrifo retribuir a reverência, será seguro se
aproximar.
O hipogrifo escava o chão á
procura de insetos, mas come igualmente aves e pequenos mamíferos. Em época de
acasalamento, esse animal constrói um ninho no chão e ali deposita um único
ovo, grande e frágil, que choca em vinte e quatro horas. O filhote de hipogrifo
estará pronto para voar uma semana depois, embora ainda vá levar meses para
poder acompanhar seus pais em viagens mais longas.
HORKLUMP (TOLETE)
Classificação M.M.: X
O horklump (tolete) teve origem na Escandunávia, mas hoje é
encontrado em todo o norte europeu. Lembra um cogumelo carnudo e rosado coberto
de pelos ralos, negros e duros. Procriado prodigioso, ele cobre um jardim de
tamanho médio em questão de dias. O tolete lança tentáculos vigorosos na terra
em lugar de raízes à procura do seu alimento preferido, as minhocas. Por sua
vez, ele é uma iguaria apreciada pelos gnomos, mas não tem nenhum outro uso
conhecido.
IMP (DIABINHO)
Classificação M.M.: XX
O imp (diabinho) Só é encontrado na Grã-Bretanha e na Irlanda. Por
vezes é confundido com o diabrete. Os dois têm a mesma altura (entre quinze e
vente centímetros), embora o diabinho não seja capaz de voar como o diabrete e
nem seja tão colorido (o diabinho normalmente varia de marrom-escuro a preto).
No entanto ambos têm o mesmo senso de humor grotesco. Seu terreno preferido é
úmido e pantanoso, e com frequência é visto próximo às margens de rios onde se
diverte empurrando e fazendo tropeças os incautos. O diabinho se alimenta de
pequenos insetos e tem hábitos de acasalamento muito semelhantes aos das fadas,
embora não teça casulos; seus filhotes nascem totalmente formados com cerca de
dois centímetros e meio de altura.
JARVEY (GURANZÃO)
Classificação M.M.: XXX
O furanzão é encontrado na Grã-Bretanha, Irlanda e América do
Norte. Assemelha-se a um furão de grande porte na maioria das espécies, exceto
pelo fato de que é capaz de falar. Uma conversa propriamente dita, porém,
ultrapassa a capacidade do furanzão, que tente a se limitar a frase curta (e,
em geral, grosseiras) ditas num fluxo quase contínuo. Ele vive principalmente
sob a terra onde persegue os gnomos, mas também se alimenta de toupeiras, ratos
e outros roedores.
JOBBERKNOLL (DEDO-DURO)
Classificação M.M.: XX
O jobberknoll (dedo-duro) (encontrável ao norte da Europa e nas
Américas) é uma minúscula ave azul, toda sarapintada, que se alimenta de
pequenos insetos. Não produz som algum até a hora de morrer quando deixa
escapar um grito longo formado por todos os sons que ouviu durante a vida,
regurgitados de trás para frene. As penas do dedo-duro são usadas em Soros da
Verdade e Poções da Memória.
KAPPA (KAPPA)
Classificação M.M.: XXXX Snape também não leu isso
O kappa é um demônio aquático do Japão que habita lagos e
rios rasos. Com fama de parecer um macaco com escamas de peixes em lugar de
pelos, esse animal tem um oco no
cocuruto da cabeça no qual ele carrega água.
O kappa se alimenta de
sangue humano, mas é possível convencê-lo a não fazer mal a alguém,
atirando-lhe um pepino com o nome da pessoa gravado á faca. Ao enfrentar esse
animal, o bruxo deve enganá-lo obrigando-o a se curvar porque, se ele fizer
isso, a água guardada no oco de sua cabeça escorrerá, drenando-o de toda a
força.
KELPIE (CAVALO-DO-LAGO)
Classificação M.M.: XXXX
Esse demônio aquático da
Grã-Bretanha e da Irlanda pode assumir várias formas, embora na maioria das
vezes apareça como um cavalo com crineira de folhas de tabua. Depois de atrais
os incautos para montá-lo, ele mergulha direto ao fundo do rio ou lago e devora
o cavaleiro deixando suas tripas boiando á superfície. A maneira correta de
dominar um cavalo-de-lago é passar as rédeas por cima de sua cabeça com um
Feitiço de Colocação que o torne obediente e manso.
O maior cavalo-de-lago do
mundo encontra-se no lago Ness, Escócia. Assume, de preferência, a forma de uma
serpente marinha. Os observadores enviados pela Confederação Internacional dos
Bruxos perceberam que não estavam lidando com uma serpente verdadeira quando a
viram transformar-se em uma lontra à aproximação de uma equipe de
investigadores trouxas e, em seguida, voltar à forma anterior quando eles
partiram.
KNARL (OURIÇO)
Classificação M.M.: XXX
O knarl (ouriço) (Europa
Setentrional e América do Norte) é em geral confundido pelos trouxas com o
porco-espinho. As duas espécies são de fato indistinguíveis, exceto por uma
diferença importante em seu comportamento: se deixarmos comida no jardim para
um porco-espinho, ele a aceitará e apreciará o presente; por outro lado, se
oferecermos comida a um ouriço, ele irá supor que o dono da casa está tentando
atraí-lo para uma cilada, e destruirá as plantas e os ornamentos do jardim da
casa. Muitas crianças trouxas acusadas de vandalismo quando o verdadeiro
culpado foi um ouriço.
KNEAZLE (AMASSO)
Classificação M.M.: XXX
O kneazle (amasso) foi
originalmente criado na Grã-Bretanha, embora seja atualmente exportado para
todo o mundo. Um pequeno felinoide com o pelo pintado ou malhado, grandes
orelhas e o rabo igual ao do leão, o amasso é inteligente, independente e, por
vezes, agressivo, embora quando se afeiçoa a um bruxo ou bruxa ele se torne um
excelente bichinho de estimação. O amasso tem uma capacidade excepcional de
detectar pessoas suspeitas ou indesejáveis, e seu dono pode confiar que o
animal o levará a salvo até em casa se ele se perde. O amasso tem até oito
filhotes em uma ninhada e pode cruzar com gatos. É preciso tirar licença para
se ter um animal desses (como no caso dos fiuuns e dos crupes), porque eles têm
uma aparência diferente o bastante para atrair o interesse dos trouxas.
LEPRECHAUN (DUENDE
IRLANDÊS), por vezes também chamado Clauricorn
(Clauricorne)
Classificação M.M.: XXX
Mais inteligente do que uma
fada e menos malicioso do que o diabinho, o diabrete ou fada mordente, ainda
assim o leprechaun, que é um duende
irlandês, é travesso. Encontrável somente na Irlanda, atinge até um metro e
meio de altura e sua cor é verde. Sabe-se que é capaz de criar roupas rústicas
com folhas. É a única das “pequenas criaturas” dotada de fala, embora nunca
tenha solicitado sua reclamação como “ser”. O leprechaun gera seus filhotes e habita principalmente as matas e
áreas silvestres. Ele gosta de atrais a atenção dos trouxas e, em consequência,
aparece com tanta frequência quanto a fada na literatura infantil de língua
inglesa. O duende irlandês produz uma substância que parece ouro mas desaparece
após algumas horas para seu grande divertimento. Alimenta-se de folhas
e, apesar de ter a reputação de pregar peças, nunca se soube que tivesse
prejudicado um humano de modo permanente.
mas não o
meu. R.W. ↗
LETHIFOLD (MORTALHA-VIVA),
também conhecida como Living Shround (Manto Letal)
Classificação M.M.: XXXX
A lethifold (mortalha-viva)
é, infelizmente, uma criatura rara, encontrada somente em climas tropicais.
Lembra um manto negro de pouco mais de um centímetro de espessura (mais grosso
quando acabou de matar e digerir uma vítima) que rasteja pelo chão durante a
noite. A notícia mais antiga que se tem de uma mortalha-viva foi escrita pelo
bruxo Flávio Belby, que teve a sorte de sobreviver a um ataque desse animal em
1782 quando passava as férias em Papua, na Nova Guiné.
Por
volta de uma hora da manhã, quando eu começava finalmente a me sentir
sonolento, ouvi um farfalhar muito próximo. Acreditando que eram apenas as
folhas da árvore lá fora, mudei de posição na cama, deixando as costas viradas
para a janela, e avistei o que me pareceu ser uma sombra disforme deslizando
pela porta do meu quarto. Fiquei parado, tentando sonolentamente adivinhar o
que produzia tal sombra em um quarto iluminado apenas pelo luar. Sem dúvida a
minha imobilidade levou a mortalha-viva a acreditar que sua vítima potencial
estava adormecida.
Para
meu horror, a sombra começou a subir sorrateiramente em minha cama, e senti o
seu peso leve sobre mim. Parecia apenas um manto preto ondulante, suas pontas
farfalhavam levemente enquanto ela avançava para mim. Paralisado de medo, senti
o seu toque úmido no meu queixo antes de sentar com um movimento brusco.
A
coisa tentou me sufocar, subindo inexoravelmente pelo meu rosto, tampando minha
boca e as narinas, mas eu continuei a me bater, sentindo o tempo todo a sua
friagem envolvendo sobre mim. Incapaz de pedir socorro, tateei ao meu rosto,
incapaz de inspirar concentrei todas as minhas forças para lhe lançar um
Feitiço Estuporante, e então – com este não fosse suficiente para dominar a
criatura, embora tivesse aberto um buraco na porta do meu quarto – tentei uma
Azaração de Impedimento, que também de nada adiantou. Ainda me debatendo como
um louco, me virei de lado e caí pesadamente no chão, agora todo envolto pela
mortalha.
Eu
sabia que estava prestes a perder completamente a consciência, sufocado.
Desesperado, reuni minha última reserva de energia. Apontei a varinha para
longe de mim, para as dobras letais da criatura, procurando trazer à lembrança
o dia em que fui eleito presidente do Clube de Bexigas da minha cidade, e executei
um Feitiço do Patrono.
Quase na mesma hora o ar fresco no meu rosto.
Ergui os olhos e vi a sombra letal ser atirada no ar pelos chifres do meu
patrono. Ela voou pelo quarto e deslizou depressa para longe da vista.
Conforme Belby revela tão duramente, o Patrono
é o único feitiço conhecido para repelir uma mortalha-viva. Mas, uma vez que
ela sempre ataca pessoas adormecidas, suas vítimas raramente têm chance de usar
magia para se defender. Depois que a presa foi sufocada, o animal a digere ali
mesmo na cama. Sai, então, da casa ligeiramente mais grossa e gorda do que
entrou, sem deixar para trás o menos vestígio de si ou de sua vítima.
LOBALUG (SERINGA)
Classificação M.M.: XXX
É encontrada nas profundezas
do Mar do Norte. É uma criatura simples com vinte e cinco centímetros de
comprimento, formada por um esguicho flexível e uma bolsa de veneno. Quando
ameaçada, ela contrai essa bolsa e esguicha veneno no atacante. Os sereianos
usam a seringa como arma, e sabe-se que há bruxos que extraem o veneno desse
animal para usá-lo em poções, embora tal prática seja rigorosamente controlada.
MACKLED MALACLAW
(MALAGARRA)
Classificação M.M.: XXX
A mackled malaclaw
(malagarra) é uma criatura terrestre encontrável principalmente nas costas
rochosas da Europa. Apesar de sua leve semelhança com a lagosta, ela não deve
em hipótese alguma ser ingerida porque sua carne é imprópria para o consumo
humano e provocará febre alta e uma feia urticária esverdeada.
A malagarra pode atingir o
comprimento de trinta centímetros, seu corpo é cinza-claro com pintas
verde-escuras. Alimenta-se de pequenos crustáceos e tenta atacar presas de
maior tamanho. Sua mordida tem o singular efeito colateral de tornar a vítima
extremamente azarada por um período de até uma semana após a mordida. Se alguém
for mordido por uma malagarra, deve cancelar as apostas, investimentos de risco
e especulações porque certamente terá prejuízos.
MANTICORE (MANTICORA)
Classificação M.M.: XXXX
A manticore (manticora) é um
perigosíssi mo animal grego com cabeça humana, corpo de leão e rabo de
escorpião. Tão feroz quanto a quimera e igualmente rara, a manticora tem fama
de cantar baixinho enquanto devora sua preza. Sua pele repele quase todos os
feitiços conhecidos e sua mordida pode causar morte instantânea.
MERPEOPLE (SEREIANOS),
também conhecidos por seus nomes regionais Sirens, Sellies e Merrows
Classificação M.M.: XXXX
Os merpeople (sereianos)
existem em todo o mundo, embora variem na aparência como os humanos. Seus
hábitos e costumes permanecem tão misteriosos quanto os dos centauros, embora
os bruxos que aprenderam o serêico nos falem de comunidades excepcionalmente
organizadas, cujo tamanho varia conforme a localização, havendo algumas com
habitações muito bem construídas. Do mesmo modo que os centauros, os sereianos
abriram mão da condição de “seres” em favor da de “animais” (veja Introdução).
Os sereianos mais antigos
de que se tem registros são conhecidos pelo nome de sereias (Grécia) e é nas
águas mais tépidas que encontramos as belas sereias descritas na literatura
trouxa e representadas em suas pinturas. Os selkies da Escócia e os merrow da
Irlanda são menos belos, mas revelam o mesmo amor à música comum a todos
os sereianos. Feio
MOKE (BRIBA)
Classificação M.M.: XXX
A moke (briba) é um lagarto
verde-prateado que atinge até vinte e cinco centímetros de comprimento e é
encontrado por toda a Grã-Bretanha e a Irlanda. Tem a capacidade de se encolher
quando quiser e, consequentemente, nunca é vista pelos trouxas.
O couro de briba é muito
valorizado pelos bruxos para a confecção de carteiras e bolsas pois a pele
escamosa se contrai à aproximação de estranhos, o mesmo modo que fazia seu
antigo dono; as bolas de dinheiro feitas de couro de briba são portanto muito
difíceis de serem encontradas pelos ladrões.
MOONCALF (BEZERRO
APAIXONADO)
Classificação M.M.: XX
O mooncalf (bezerro apaixonado) é um animal extremamente tímido que
sai da toca apenas em noite de lua cheia. Tem o corpo liso e cinza-claro, olhos
redondos e salientes no cocuruto da cabeça e quatro perninhas finas que
terminam em enormes pés chatos. O bezerro apaixonado executa complicadas
danças, apoiado nas patas traseiras, em áreas ermas banhadas de luar.
Acredita-se que sejam um prelúdio ao acasalamento ( e muitas vezes seus
movimentos deixam intrincados desenhos geométricos nos campos de trigo para
grande perplexidade dos trouxas).
Assistir ao bezerro
apaixonado dançar ao luar é uma experiência fascinante e, muitas vezes,
proveitosa porque se o seu excremento prateado for recolhido antes do sol
nascer e espalhado sobre canteiros de ervas mágicas e de flores, as plantas
crescerão rapidamente e se tornarão muito resistentes. Os bezerros apaixonados
são encontrados no mundo inteiro.
MURTLAP (MURTISCO)
Classificação M.M.: XXX
O murtlap (murtisco) é um animal semelhante a um rato encontrado
nas áreas litorâneas da Grã-Bretanha. Tem uma saliência nas costas que lembra
uma anêmona-do-mar. Quando essa pseudoflor saliente é ingerida em conservas
produz resistência a feitiços e azaração, embora uma overdose possa causar o
crescimento de pelos de cor púrpura nas orelhas. O murtisco se alimenta de
crustáceos e dos pés de qualquer um que caia na tolice de pisar em cima dele.
NIFFLER (PELÚCIO)
Classificação M.M.: XXX
O niffler (pelúcio) é um animal britânico. Fofo, preto, de focinho
longo, essa criatura que faz tocas subterrâneas tem predileção por tudo que
brilha. Ele é muitas vezes criado por duendes para cavar as profundezas da
terra em busca de tesouras. Embora este animal seja manso e até capaz de se
afeiçoar, é muito destrutivo e jamais dever ser mantido dentro de casa. Ele
vive em covas que podem atingir seis metros de profundidade e tem de seis a
oito filhotes em cada ninhada.
NOGTAIL (RABICURTO)
Classificação M.M.: XXX
O nogtail ( rabicurto) é um demônio encontrado nas áreas rurais de
toda a Europa, Rússia e América do Norte. Ele lembra um porquinho anão com
pernas longas, rabo grosso e curto, e olhos pretos e miúdos. O rabicurto entra
sorrateiro em uma pocilga e mama em uma porca normal ao lado dos seus filhotes.
Quanto mais tempo ele é deixado em liberdade e quanto maior se torna, tanto
maior a destruição na propriedade em que penetrou.
O rabicurto é
extraordinariamente rápido e difícil de capturar, mas se for afugentado até os
limites da propriedade por um cão todo branco ele não voltará. O Departamento
para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas (Subdivisão de Pragas)
mantém uma dúzia de sabujos albinos para esse serviço.
NUNDU (NUNDU)
Classificação M.M.: XXXXX
Esse animal da África Oriental é indiscutivelmente o mais perigoso
do mundo. Um enorme leopardo que se desloca em silêncio, apesar do seu tamanho,
e cujo hálito causa uma doença capaz de eliminar um povoado inteiro, o mundu
nunca foi subjugado por menos de cem bruxos qualificados, juntos.
OCCAMY (OCCAMI)
Classificação M.M.: XXXX
O occamy (accami) é encontrado no Extremo Oriente e na Índia. Esse
bípede emplumado, com asas e corpo de serpente, pode alcançar o comprimento de
quatro metros e meio. Alimenta-se principalmente de ratos e aves, embora haja
notícia de que ataque macacos. O occami é agressivo com todos que se aproximam
dele, especialmente quando se trata de defender seus ovos cujas cascas são
feitas da prata mais pura e maleável.
PHOENIX (FÊNIX)
Classificação M.M.: XXXX
A fênix é um pássaro, de
cor vermelha e porte de cisne, com um longo rabo, bico e garras dourados. Faz
ninho no cume de montanhas no Egito, Índia e China, e tem uma vida longuíssima
porque é capaz de se regenerar, irrompendo das cinzas novamente jovem. É um pássaro manso, a que não se atribuem
mortes, e se alimenta apenas de ervas. A exemplo do oraqui-oralá, ela pode
desaparecer e reaparecer quando quer. Seu canto é mágico: acredita-se que aumente
a coragem dos puros de coração e atemorize os impuros de coração. Suas lágrimas
possuem poderosas propriedades curativas.
PIXIE (DIABRETE)
Classificação M.M.: XXX XXXXXXX mas se você for o Lockart
O pixie (diabrete) é encontrado principalmente na Cornualha, uma
região inglesa. De cor azul-elétrico, medindo até vinte centímetros de altura e
muito travesso, ele gosta de pregar peças e fazer brincadeiras de mau gosto de
todo tipo. Embora não seja dotado de asas, ele é capaz de voar e sabe-se que pode
agarrar humanos incautos pelas orelhas e leva-los para o topo de árvores e
edifícios de grande altura. O diabrete fala uma algaravia aguda que só é
compreendida pelos seus iguais. Este animal gera seus filhotes.
O Neville sabe muito bem disso↗
PLIMPY (DILÁTEX)
Classificação M.M.: XXX
Olimpy (diléx) é um eixe esféco e sarapintado que se caracteriza
por duas longas pernas que termina em pés peludos. Habita os lagos profundos
cujos leitos ronda à procura de alimentos, preferindo lesmas-d´água. O dilátex
não é particularmente perigoso, embora roa os pés e as roupas dos nadadores. É
considerado uma praga pelos sereianos, que se livram dele dando nós em suas
pernas elásticas; o dilátex é, então, carregado embora pela correnteza e sendo
incapaz de se orientar não consegue voltar até ter se desamarrado, o que leva
horas.
POGREBIN (POGREBIN)
Classificação M.M.: XXX
O pogrebin é um demônio russo que tem menos de trinta centímetros
de altura, um corpo peludo, mas uma enorme cabeça cinza e lisa. Quando
encolhido, o pogrebin lembra uma pedra redonda e reluzente. Esse demônio é
atraído pelos humanos e gosta de segui-los andando à sua sombra e se abaixando
rapidamente quando a sombra se vira para ele. Se um humano permitir que o
pogrebin o siga durante muitas horas, será envolvido por uma sensação de grande
futilidade que finalmente o fará cair em um estado de letargia e desespero.
Quando a vítima para de andar e cai de joelhos para chorar a inutilidade de
tudo, o pogrebin saltará sobre ela e tentará devorá-la. Porém é fácil repeli-lo
com azarações simples ou Feitiços Estuporantes. Chutá-lo para longe também pode
ser eficaz.
PORLOCK (POCOTÓ)
Classificação M.M.: XX
O porlock (pocotó) é um guardião de cavalos encontrável em Dorset,
uma região da Inglaterra, e no Sul da Irlanda. Tem o corpo coberto por uma
pelagem comprida e, na cabeça, uma maçaroca de pelos duros além de um nariz
excepcionalmente grande. Suas patas são cascos fendidos. Seus braços são
pequenos e terminam em quatro dedos curtos e grossos. Quando adultos, atingem
cerca de sessenta centímetros de altura e se alimentam de capim.
O pocotó é acanhado e vive
para proteger os cavalos. Ele pode ser encontrado encolhido no meio do feno dos
estábulos ou então se escondendo no meio da manada. Os pocotós desconfiam dos
humanos e sempre se afastam quando eles se aproximam.
PURFFSKEIN (PUFOSO) eu já tive um desse, onde Ele foi parar?
Classificação M.M.: XX Fred usava ele para treinar
rebatidas de balaço
O purffskein (pufoso) é encontrado no mundo inteiro. De forma
esférica, coberto por pelos macios cor de caramelo, é uma criatura dócil que
não se importa de ser afogado ou atirado
para todo lado. É fácil de cuidar e emite um zumbido surdo quando está satisfeito.
A intervalos, ele estica para fora uma língua longa, fina e rosada que serpeia
pela casa em busca de comida. O pufoso come qualquer coisa desde sobras de
comida até nariz dos bruxos adormecidos e comer as melecas que encontra. Essa
tendência tornou-o muito querido pelas crianças bruxas há varias gerações, e
ele continua sendo um bichinho de estimação muito popular.
QUINTAPED (QUINTÍPEDE), também chamados Boon peludo
Classificação M.M.: XXXXX
O quintaped (quintípede) é um animal carnívoro perigosíssimo com um
certo gosto por humanos. Seu corpo atarracado e rente ao chão é coberto por
pelos castanho-avermelhados, do mesmo modo que suas pernas, que terminam em
patas tortas. Ele é encontrado na ilha de Drear, ao largo do extremo norte da
Escócia, razão pela qual a ilha foi considerada imapeável.
Conta a lenda que, no
passado, a ilha de Drear era povoada por duas famílias bruxas, os McClivert e
os McBoon. Um duelo de bêbedos entre Dugald, chefe do clã McClivert, e Quinto
chefe do clã MacBoon, terminou com a morte de Dugald. Em retaliação, assim
conta a lenda, um grupo dos McClivert cercou as casas dos MacBoon, certa noite,
e transfigurou cada membro da família em um monstruoso animal de cinco patas.
Os McClivert perceberam, tarde demais, que os MacBoon, depois de transformados,
tinham se tornado infinitamente perigosos do que antes (eram famosos por sua
grande incompetência em magia). Além disso, os MacBoon resistiram a todas as
tentativas de fazê-los voltar à forma humana. Os monstros mataram todos os
McClivert até não restar um único ser humano na ilha. Foi então que os monstros
MacBoon se deram conta de que na falta de alguém para brandir uma varinha, eles
seriam forçados a continuar como estavam para o resta da vida.
Se a lenda é ou não
verdadeira ninguém jamais saberá. Pois é certo que não sobreviveram nem
McClivert nem MacBoon para nos contar o que aconteceu com os seus antepassados.
Os quintípedes não são dotados de fala e têm resistido energicamente às
tentativas do Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas
de capturar um espécime e tentar retransformá-lo, por isso temos que supor que se eles forem realmente,
conforme sugere seu apelido, os MacBoon peludos, que estar muito satisfeits de
passar a vida inteira como animais.
RAMORA (RAMORA)
Classificação M.M.: XX
A romara é um peixe prateado
encontrável no Oceano Índico. Dotada de poderosa magia, ela ancora navios e
protege os navegantes. Esse peixe é muito valorizado pela Confederação Internacional
dos Bruxos, que estabeleceu várias leis para protege-los dos pescadores bruxos.
RED CAP (BARRETES
VERMELHOS)
Classificação M.M.: XXX
Essas criaturas anãs vivem
em crateras de antigos campos de batalha ou onde quer que o sangue humano tenha
sido derramado. Embora facilmente repelidas com feitiços e azarações, eles
oferecem grande perigo aos trouxas que andam sozinhos, a quem tentarão matar de
pancadas nas noites escuras. Os barretes vermelhos são encontrados
principalmente no norte da Europa.
RE´EM (RÊS-MA)
Classificação M.M.: XXXX
Boi gigante e raro de couro
dourado, a rês-ma é encontrável nas regiões agrestes da América e do Extremo
Oriente. Seu sangue dá a quem o bebe uma força imensa, embora a dificuldade em
obtê-lo torne o seu estoque mínimo e raramente disponível no mercado livre.
RUNESPOOR (FAROSUTIL)
Classificação M.M.: XXXX
O farosutil é originário de
um pequeno país africano, o Burkina Faso. Serpente de três cabeças, ele
normalmente atinge entre um metro e oitenta centímetros e dois metros e dez
centímetros de comprimento. Laranja berrante com listras negras, o farosutil é
facilmente localizável, razão pela qual o Ministério da Magia de Burkina Faso
declarou imapeáveis certas áreas de florestas para seu uso exclusivo.
Esse animal, embora em si
não seja particularmente agressivo, no passado foi um bichinho de estimação de
bruxos das trevas sem dúvida por causa de sua aparência vistosa e intimidante. É
aos escritos de ofidioglotas, que criam e conversam com essas cobras, que
devemos a nossa compreensão dos seus curiosos hábitos. Esses escritores revelam
que cada uma das cabeças do faro sutil tem uma finalidade diferente. A da
esquerda (para o bruxo que está de frente para a cobra) é a que planeja. Decide
onde ele deve ir e o que deve fazer a seguir. A cabeça do meio é a que sonha (o
farosutil pode permanecer parado durante dias seguidos, perdido em visões e
devaneios gloriosos). A cabeça da direita é a que critica e avalia os esforços
das cabeças da esquerda e da direita com um silvo continuo e irritante. As
presas da cabeça direita são extremamente venenosas. Este animal raramente
alcança uma idade avançada uma vez que as cabeças tendem a se atacar
mutuamente. É comum ser avistado sem a cabeça direita porque as outras duas se
juntaram para arrancá-la.
O farosutil põe ovos pela
boca, o único animal mágico capaz desse feito. Os ovos têm imenso valor na
produção de poções para estimular a agilidade mental. O mercado negro dos ovos
e das próprias cobras floresce há muitos séculos.
SALAMANDER (SALAMANDRA)
Classificação M.M.: XXX
A salamandra é um pequeno lagarto que habita o fogo e se alimenta
de chamas. Branco ofuscante, ela pode se apresentar azul ou vermelha,
dependendo do calor do fogo de onde surgiu.
As salamandras podem sobreviver
até seis horas fora do fogo se ingerirem pimenta a intervalos regulares.
Sobrevivem somente enquanto o fogo no qual apareceram continuar a arder. O
sangue desse animal tem eficazes propriedades curativas e restauradoras.
SEA SERPENT (SERPENTE
MARINHA)
Classificação M.M.: XXX
A serpente marinha é encontrada nos oceanos Atlânticos e Pacíficos
e no mar Mediterrâneo. Embora de aparência assustadora, não há notícias de que
tenha matado seres humanos apesar dos relatos de trouxas histéricos sobre seu
comportamento feroz. Esse animal atinge até trinta metros de comprimento, tem
cabeça de cavalo e um corpo longo de serpente que se ergue do mar em
corcoveios.
SHRAKE (REQUE)
Classificação M.M.: XXX
É um peixe inteiramente coberto de espinhos e encontrável no oceano
Atlântico. Acredita-se que o primeiro cardume foi criado como uma vingança
contra pescadores trouxas que insultaram navegantes bruxos no inicio do século
XIX. Desde então, quando recolhem suas redes naquela área do mar, os trouxas as
encontram rasgadas e esvaziadas pelos reques que nadam sob elas.
SNIDGET (POMORIM)
Classificação M.M.: XXXX
O snidget (pomorim) é uma espécie de pássaro extremamente rara e
protegida por lei. Todo redondo, com um bico longo e fino, olhos vermelhos e
brilhantes como pedras preciosos, o pomorim dourado voa com excepcional
velocidade e pode mudar de direção com incrível perícia e rapidez graças ás
dobradiças giratórias de suas asas.
As penas e os olhos do
pomorim têm tal valor que, no passado, a caçada que os bruxos promoveram quase
o levou á extinção. O perigo foi percebido a tempo e a espécie passou a ser
protegida, o que resultou na notável substituição do pomorim pelo pomo de ouro
no jogo de quadribol. Existem santuários de pomorins no mundo inteiro.
SPHINX (ESFINGE)
Classificação M.M.: XXXX
A esfinge egípcia tem cabeça humana e corpo de leão. Há mais de mil
anos ela é usada pelos bruxos para guardar tesouros e seus esconderijos
secretos. Inteligentíssimo, esse animal tem prazer em inventar charadas e
quebra-cabeça. Em geral, a esfinge só se torna perigosa quando aquilo que está
guardando é ameaçado.
STREELER (LESMALENTA)
Classificação M.M.: XXX
Esse animal é uma enorme lesma que muda de cor de hora em hora, e
quando caminha deixa um rastro tão venenoso que murcha e queima toda a
vegetação por onde passa. A lesmalenta é originária de vários países africanos,
embora tenha sido reproduzida pelos bruxos, com sucesso, na Europa, na Ásia e
nas Américas. É criada como bicho de estimação por aqueles que apreciam suas mudanças
caleidoscópicas de cor e porque seu veneno é uma das poucas substâncias capazes
de matar toletes.
TEBO (TEBO)
Classificação M.M.: XXXX
O tebo é um javali cinzento, encontrado no Congo e no Zaire. É
dotado de invisibilidade, o que dificulta fugir dele ou captura-lo, tornando-o
extremamente perigoso. O tebo é muito valorizado pelos bruxos para fabricar
roupas e escudos protetores.
TROLL (TRASGO)
Classificação M.M.: XXXX
O trasgo é uma criatura temível que atinge mais três metros e meio
de altura e pesa mais de uma tonelada. Notável por sua força igualmente
prodigiosa e sua pouca inteligência, esse animal pe muitas vezes violento e
imprevisível. O animal é originário da Escandinávia, mas atualmente pode ser
encontrados na Grâ-Bretanha, Irlanda e outras áreas do norte da Europa.
Em geral, ele fala aos
grunhidos que parecem constituir uma linguagem primitiva, embora haja notícias
de que alguns compreendam e até falem algumas palavras humanas mais simples. Os
mais inteligentes da espécie têm sido treinados para guardiões.
Existem três tipos de
trasgos: das montanhas, das florestas e dos rios. O montanhês é o maior e mais
feroz. É careca e tem apele cinza-claro. O florestal tem pele verde-clara e,
alguns espécimes, uma cabeleira rala, fina e verde ou castanha. O trasgo
fluvial tem pele roxa e é, com frequência, encontrado sob as pontes. Os trasgos
comem carne crua e não são exigentes quanto ás suas presas, que podem ser
animais ou humanas.
UNICORN (UNICÓRNIO)
Classificação M.M.: XXXX
O unicórnio é um belo animal encontrado nas florestas do norte
europeu. Quando adulto é um cavalo branco-puro, dotado de um chifre, embora
seus potrinhos nasçam dourados e se tornem prateados antes de atingir a
maturidade. O chifre, o sangue e o pelo do unicórnio têm propriedades
excepcionalmente mágicas. Em geral ele evita contato com os humanos, deixa mais
facilmente uma bruxa do que um bruxo se aproximar dele e tem patas tão ágeis
que torna difícil sua captura.
WEREWOLFS (LOBISOMEM) nem
todos são ruins
Classificação M.M.: XXXXX
O lobisomem é encontrado no mundo inteiro, embora acredite que
tenha se originado no norte europeu. Os humanos somente se transformam em
lobisomens quando são mordidos. Não se conhece nenhuma cura para esse mal,
embora o recente avanço no preparo de poções tenha, em certa medida, aliviado
os sintomas mais graves. Uma vez por mês, durante a lua cheia, o bruxo ou
trouxa afetado, que em outros períodos é normal, se transforma m uma fera
assassina. Uma singularidade entre as demais criaturas fantásticas, o lobisomem
dá preferencia a presas humanas.
WINGED HORSE (CAVALO
ALADO)
Classificação M.M.: XX-XXXX
Os cavalos alados existem no mundo inteiro. Há diferentes raças,
entre elas a Abraxana (um Palomino enorme e forte), a Etoniana (castanha,
popular na Grâ-Bretanha e na Irlanda), a Graniana (cinzenta e muito veloz) a
Testrália (negra, dotada do poder da invisibilidade e considerada portadora de
azar por muitos bruxos). Tal como no caso do hipogrifo, exige-se que o dono de
um cavalo alado lance sobre ele, periodicamente, um Feitiço Desilusório (veja a
Introdução).
YETI (IÉTI), também conhecido como Bigfoot
(pé-de-Anjo) e Abominable Snowman (Abominável homem das Neves)
Classificação M.M.: XXXX
Acredita-se que o iéti, nativo do Tibete, seja aparentado como trasgo,
embora até hoje ninguém tenha chegado bastante perto para fazer os testes
necessários. Com uma estrutura máxima de quatro metros e meio, o iéti é coberto
da cabeça aos pés por pelos alvíssimos. Devora qualquer coisa que cruze o seu
caminho, embora tenha medo do fogo e possa ser repelido por bruxos experientes.
CHUDLEY
CANNONS